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Garrafa de rum mais cara do mundo é vendida por cem mil euros

Parte do valor arrecadado foi entregue a uma associação contra a anemia falciforme

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Publicado em 22/02/2017 às 15:47
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Parte do valor arrecadado foi entregue a uma associação contra a anemia falciforme - FOTO: Divulgação
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Fruto de uma colaboração da casa de rum Clément de Martinique e do joalheiro francês Tournaire, a garrafa de rum mais cara do mundo foi vendida por 100.000 euros - informaram as instituições, acrescentando que parte do valor arrecadado foi entregue a uma associação contra a anemia falciforme.

Um italiano, cujo nome não foi revelado, pagou os 100.000 euros pela garrafa, composta por uma rolha que imita a Casa Clément, na ilha caribenha da Martinic, fabricada com 200 gramas de ouro de 18 quilates e com quatro quilates de diamantes, além de uma garrafa de cristal Baccarat e de um rum Clément de 1966. Existem somente 40 garrafas dessa safra, as quais ainda não haviam sido comercializadas.

A ideia dessa garrafa nasceu "de um encontro de apaixonados", explicaram à AFP o diretor-geral de Tournaire, Frédéric de Saint-Romain, e o diretor comercial da Clément, Dominique de la Guigneraye. Uma conversa sobre o rum terminou nessa ideia: fazer uma réplica da Casa Clément na rolha, como é feito nos anéis "arquitetura" produzidos pelo famoso joalheiro.

O diretor-geral de Clément, Grégoire Gueden, confessou que chegou a se questionar "se haveria gente tão louca" para comprá-la. No fim, a garrafa encontrou um dono em menos de dois meses, assim como suas "irmãs mais novas": oito garrafas de cristal Baccarat com uma rolha idêntica, mas de bronze, vendidas por 19.000 euros cada. Os compradores provinham da Grécia, da Bélgica e até da Martinica.

ANEMIA



Ambos os criadores entregaram, cada um, 7.500 euros à Associação para a Informação e Prevenção da Drepanocitose (APIPD), doença hereditária que se caracteriza pela presença de uma hemoglobina anormal nos glóbulos vermelhos. Essa doença, que se manifesta por uma anemia, dor e um maior risco de infecções, é frequente na África e no Caribe.  "Fala-se injustamente da doença nos negros, mas afeta todo mundo", insistiu a presidente da associação, Jenny Hippocrate-Fixy. Lamentando que a doença esteja "abandonada, discriminada, 'racializada'", Jenny explicou que o dinheiro será destinado à pesquisa e à ajuda para famílias afetadas

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