As histórias de amizade sempre foram uma das principais fontes de emoção do cinema de Steven Spielberg. Cavalo de Guerra (War horse, 2011), que estreia hoje no Recife e em todo o País, vem juntar-se a E.T. – O extraterrestre (E.T. – The extraterrestrial, 1982) e A cor púrpura (The color purple, 1985), certamente sua trinca de filmes mais sentimentais. Em se tratando de Spielberg, entretanto, sentimentalismo já não é mais um problema grave e sua nova obra é um grande exemplo da capacidade que ele tem de tocar corações e mentes com a mais absoluta honestidade. Desde já, Cavalo de guerra é um sério candidato ao Oscar 2012.
Adaptado a partir de uma obscura novela inglesa e sua versão para o teatro, o longa acompanha a amizade entre Albert (Jeremy Irvine), um jovem agricultor, e um cavalo que ele viu nascer. A primeira parte do filme é desenvolvida quase como uma versão tecnicolor do clássico Como era verde o meu vale (How green was my valley, 1941), em que John Ford acompanha as dificuldades de uma comunidade irlandesa de mineradores de carvão. Sem muitas diferenças, Spielberg mostra os problemas dos camponeses pobres de Devon, nos primeiros anos do século passado, em rota de colisão com os senhores de terra, as forças da natureza e a idílica vida no campo.
Leia a crítica completa na edição desta sexta-feira no Caderno C, do Jornal do Commercio.