Depois de um profissional "Hello, tudo bem?", o ator e roteirista Sacha Baron Cohen emendou em macarrônico português: "Você tem lindos bumbuns, pernas e peitos! Eu preciso beijar, você tem uma linda boca agora!" Para quem conhece os filmes que ele protagonizou, não foi surpresa ouvir as frases estapafúrdias do cara que criou Ali G, Borat, Brüno - atualmente aposentados - e o Coronel Aladeen, o personagem do seu novo filme, a comédia romântica-política O ditador (The dictator, 2012), que estreia nesta sexta-feira (24/08) no Recife e em várias capitais brasileiras.
Há cerca de três semanas, Sacha Baron Cohen tirou um dia para falar com jornalistas brasileiros sobre o longa-metragem. Com algum conhecimento sobre o Brasil, ele disse que sabia onde ficava o Recife. "Eu conheço a sua cidade, mas nunca estive aí. Eu fui a Salvador uma vez para ver o Olodum. Eu amo Salvador", disparou. A entrevista, concedida por telefone de Los Angeles, foi mais uma sacada surpreendente do comediante inglês de 41 anos.
Pela primeira vez em sua carreira, Sacha Baron Cohen começou a dar entrevistas como ele mesmo - e não como uma de suas hilárias e politicamente incorretas criaturas. "Eu ainda continuo no personagem, mas alguém me disse para eu falar de mim. Vou lhe contar porquê. Este filme é um pouco diferente. Nos outros, se eu falasse como eu mesmo, eu poderia ser processado. As pessoas diziam que Borat não é uma pessoa real e ele poderia falar, mas se fosse Sacha falando, eu poderia ser processado rapidamente. Então, é por causa de ações judiciais que fica difícil falar fora dos personagens. Em todo caso, eu prefiro sempre falar como os personagens", explicou.
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Leia entrevista completa na edição desta sexta-feira (24/08) no Caderno C, do Jornal do Commercio.
