CRÍTICA

A geração inocente de Grease - Nos tempos da brilhantina está de volta aos cinemas

Filmes está na programação de clássicos do Cinemark RioMar

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 28/06/2014 às 6:00
Paramount Pictures/Divulgação
Filmes está na programação de clássicos do Cinemark RioMar - FOTO: Paramount Pictures/Divulgação
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Sai Tony Manero, entra Danny Zuko. John Travolta, no entanto, permanece em cartaz. Agora, ele está de volta em Grease – Nos tempos da brilhantina, que será exibido neste sábado (28), domingo (29) e quarta-feira (02/7), na programação de clássicos do Cinemark RioMar. Com seus personagens calcados em figuras mitológicas do cinema – como Marlos Brando e James Dean –, Travolta marcou o final dos anos 1970 como poucos atores da época.

Nos Estados Unidos, a década de 1970 foi criativa - a Nova Hollywood é o seu maior legado –, mas também marcada por toda sorte de revivalismos. George Lucas, por exemplo, também olhou para o passado em Loucuras de verão, em 1973. Grease estreou na Broadway um ano antes. Permaneceu em cartaz até 1980, um sucesso que só seria ultrapassado por A chorus line. Randal Kleiser, diretor de Grease, foi colega de classe de Lucas na University of Southern Califórnia.

No cinema, a adaptação de Grease foi programada para aproveitar o sucesso de Travolta em Os embalos de sábado à noite. Assim como no teatro, o filme produzido em 1978 foi um estrondo e faturou cerca de US$ 400 milhões em todo o mundo (R$ 880 milhões). Como se tornaria praxe doravante, os espectadores jovens seriam o principal alvo de Hollywood.

Afinal, Grease era uma visão nostálgica sobre os EUA dos anos 1950. Aparentemente, tudo estava no filme: o rock’n’roll, as escolas secundárias, os carrões, os concursos de danças, os cabelos cheios de gomalina e os amores adolescentes. Ainda na casa dos 30 anos, os cineastas da geração de Kleiser foram criados vendo os filmes da “turma da praia”, protagonizados pela dupla Frankie Avalon (que faz uma ponta em Grease) e Annette Funicello.

Ao contrário desses filmes, produções B quase descartáveis, a versão cinematográfica de Grease foi tratada como superprodução pela Paramount. O produtor Robert Stigwood, o mesmo de Os embalos de sábado à noite, juntou-se ao produtor Allan Carr, que detinha os direitos da peça, para fazer um filme classe A. Apesar de não ser um clássico imprescindível, Grease é bem dirigido, tem atores perfeitos para cada personagem e uma trilha sonora permeada de hits.

A história se passa em 1959, no último ano de uma turma da Rydell High School. Na abertura, o californiano Danny Zuko (Travolta) e Sandy (Olivia Newton-John), uma adolescente australiana, dão um sofrido adeus depois de passarem o verão juntos na praia. Na cena seguinte, vemos que Sandy está matriculada na mesma escola de Danny. Ele é membro dos Thunderbirds e ela entra para a gangue das Pink Ladies. 

Comparada com Sandra Dee, a virgem dos filmes teen dos anos 1950, Sandy vai ensaiar uma virada de personalidade. Mas nada comparável à Rizzo, uma aluna que passa metade do filme achando que está grávida. Stockard Channing rouba as cenas em que aparece, principalmente quando canta There are worse things I could do. Travolta e Olivia têm as melhores cenas. A química entre eles funciona também nas canções, especialmente em Summer nights e You're the one that I want.

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