ENTREVISTA

Maeve Jinkings: uma quase pernambucana

Atriz é membro do júri e está em três curtas-metragens da mostra competitiva do Festival de Brasiília

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 21/09/2014 às 9:34
Júnior Aragão/Divulgação
Atriz é membro do júri e está em três curtas-metragens da mostra competitiva do Festival de Brasiília - FOTO: Júnior Aragão/Divulgação
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Candango de Melhor Atriz no ano passado com Amor, plástico e barulho, de Renata Pinheiro, membro do júri este ano e com três curtas-metragens na Mostra Competitiva, ninguém tira o cetro de rainha do Festival de Brasília 2014 de Maeve Jinkings, uma das protagonistas do aclamado O som ao redor, de Kleber Mendonça Filho. Nesta entrevista, a atriz brasiliense fala de sua relação com a cidade e o festival, seus anos formativos, sua participação no cinema pernambucano e sua nova empreitada como preparadora de elenco, entre outros assuntos.

BRASÍLIA

Frequentei o Cine Brasília durante parte de minha infância e adolescência. Apesar não ter crescido aqui, volto sempre porque parte de minha família mora em Brasília. Então, tenho essa relação forte tanto com a cidade quanto com o festival. Fiz minha estreia como atriz em Falsa loura, do (diretor paulista) Carlos Reichenbach, que concorreu aqui. O ano passado foi extremamente emocionante e significativo para mim por causa do prêmio de Melhor Atriz por Amor, plástico e barulho. Por outro lado, o fato de estar com três curtas - sendo um deles de São Paulo - tem muito a ver com o meu encontro com o cinema pernambucano. Existe um hiato de quatro anos entre meu primeiro filme e o segundo, O som ao redor, que fiz em 2010, sob a direção de Kleber Mendonça Filho. 

RECIFE

Em 2008, depois de 10 anos em São Paulo, tinha acabado de me formar em arte dramática pela USP e estava me divorciando. Aí, resolvi dá um tempo de São Paulo. Fui para Brasília ficar com a minha mãe e o meu padrasto, que é pernambucano. Eles me disseram que queriam passar o Natal no Recife. Vou passar só 15 dias e depois volto para São Paulo, pensei. Naquela hora, meu padrasto disse que quem vai para o Recife não adianta passagem. Dito e feito, os 15 dias se transformaram em três meses. Precisei voltar para São Paulo, mas voltei seis meses depois para fazer o curta Passageira S8, de Bidu Queiroz. E, justamente nesse momento, minha mãe me disse que meu padrasto, depois de 35 anos morando fora, decidiu que queria voltar a viver no Recife...

FESTIVAIS

Eu costumo brincar que festivais são como pequenas faculdades condensadas em alguns dias. No Janela de Cinema Internacional do Recife, por exemplo, eu vejo filmes das 11h da manhã às 11h da noite. No ano passado, eu fui do júri de curtas. O bom é que não dá para dissociar a experiência de assistir aos filmes e aprender com eles. Quanto estou nos festivais, me alimento muito dos filmes que vou assistindo. Quando cheguei no Recife, caí numa cidade de tradição cinéfila, num grupo de realizadores produtivos e que só falavam em cinema. 

Confira a entrevista completa na edição deste domingo (21/9) no Caderno C, do Jornal do Commercio.



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