Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) divulgou ranking das 100 melhores produções do país e o filme mudo Limite, único longa-metragem dirigido por Mario Peixoto, apresentado pela primeira vez em 1931, está no topo da lista. Participaram da votação 100 críticos e jornalistas especializados de todo o País. Logo em seguida vêm dois clássicos do Cinema Novo – Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha, e Vidas Secas (1963), de Nelson Pereira dos Santos. Em quarto lugar está a obra-prima dos documentários brasileiros, Cabra Marcado para Morrer (1984), de Eduardo Coutinho.
A lista inclui seis produções dirigidas por pernambucanos, O Som ao Redor (2012), de Kleber Mendonça Filho, é o mais bem colocado, em 15º lugar. Na lista ainda estão O Auto da Compadecida (1999), de Guel Arraes, em 63º, Tatuagem (2013), de Hilton Lacerda, em 73º; Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), de Marcelo Gomes, 75º; Baile Perfumado (1997), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira, 76º; e Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis, em 86º lugar.
Ilhas das Flores, de Jorge Furtado, é o único curta-metragem do ranking, que será publicado pela editora Letramento, reunindo ensaios de cada um dos filmes mais votados, entre as 379 obras citadas pelos críticos. Glauber é o cineasta com mais obras presentes na lista - cinco: Deus e o Diabo na Terra do Sol (2º), Terra em Transe (5º), O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (33º), A Idade da Terra (57º) e Di (88º). Com quatro, estão Rogério Sganzerla, Joaquim Pedro de Andrade, Nelson Pereira dos Santos, Hector Babenco e Carlos Reichenbach.
Ranking da Abraccine
1 – Limite (1931), de Mario Peixoto
2 – Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha
3 – Vidas Secas (1963), de Nelson Pereira dos Santos
4 – Cabra Marcado para Morrer (1984), de Eduardo Coutinho
5 – Terra em Transe (1967), de Glauber Rocha
6 – O Bandido da Luz Vermelha (1968), de Rogério Sganzerla
7 – São Paulo S/A (1965), de Luís Sérgio Person
8 – Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles
9 – O Pagador de Promessas (1962), de Anselmo Duarte
10 – Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade
11 – Central do Brasil (1998), de Walter Salles
12 – Pixote, a Lei do Mais Fraco (1981), de Hector Babenco
13 – Ilha das Flores (1989), de Jorge Furtado
14 – Eles Não Usam Black-Tie (1981), de Leon Hirszman
15 – O Som ao Redor (2012), de Kleber Mendonça Filho
16 – Lavoura Arcaica (2001), de Luiz Fernando Carvalho
17 – Jogo de Cena (2007), de Eduardo Coutinho
18 – Bye Bye, Brasil (1979), de Carlos Diegues
19 – Assalto ao Trem Pagador (1962), de Roberto Farias
20 – São Bernardo (1974), de Leon Hirszman
21 – Iracema, uma Transa Amazônica (1975), de Jorge Bodansky e Orlando Senna
22 – Noite Vazia (1964), de Walter Hugo Khouri
23 – Os Fuzis (1964), de Ruy Guerra
24 – Ganga Bruta (1933), de Humberto Mauro
25 – Bang Bang (1971), de Andrea Tonacci
26 – A Hora e a Vez de Augusto Matraga (1968), de Roberto Santos
27 – Rio, 40 Graus (1955), de Nelson Pereira dos Santos
28 – Edifício Master (2002), de Eduardo Coutinho
29 – Memórias do Cárcere (1984), de Nelson Pereira dos Santos
30 – Tropa de Elite (2007), de José Padilha
31 – O Padre e a Moça (1965), de Joaquim Pedro de Andrade
32 – Serras da Desordem (2006), de Andrea Tonacci
33 – Santiago (2007), de João Moreira Salles
34 – O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969), de Glauber Rocha
35 – Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora é Outro (2010), de José Padilha
36 – O Invasor (2002), de Beto Brant
37 – Todas as Mulheres do Mundo (1967), de Domingos Oliveira
38 – Matou a Família e Foi ao Cinema (1969), de Julio Bressane
39 – Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), de Bruno Barreto
40 – Os Cafajestes (1962), de Ruy Guerra
41 – O Homem do Sputnik (1959), de Carlos Manga
42 – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral
43 – Sem Essa Aranha (1970), de Rogério Sganzerla
44 – SuperOutro (1989), de Edgard Navarro
45 – Filme Demência (1986), de Carlos Reichenbach
46 – À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1964), de José Mojica Marins
47 – Terra Estrangeira (1996), de Walter Salles e Daniela Thomas
48 – A Mulher de Todos (1969), de Rogério Sganzerla
49 – Rio, Zona Norte (1957), de Nelson Pereira dos Santos
50 – Alma Corsária (1993), de Carlos Reichenbach
51 – A Margem (1967), de Ozualdo Candeias
52 – Toda Nudez Será Castigada (1973), de Arnaldo Jabor
53 – Madame Satã (2000), de Karim Ainouz
54 – A Falecida (1965), de Leon Hirzman
55 – O Despertar da Besta – Ritual dos Sádicos (1969), de José Mojica Marins
56 – Tudo Bem (1978), de Arnaldo Jabor (1978)
57 – A Idade da Terra (1980), de Glauber Rocha
58 – Abril Despedaçado (2001), de Walter Salles
59 – O Grande Momento (1958), de Roberto Santos
60 – O Lobo Atrás da Porta (2014), de Fernando Coimbra
61 – O Beijo da Mulher-Aranha (1985), de Hector Babenco
62 – O Homem que Virou Suco (1980), de João Batista de Andrade
63 – O Auto da Compadecida (1999), de Guel Arraes
64 – O Cangaceiro (1953), de Lima Barreto
65 – A Lira do Delírio (1978), de Walter Lima Junior
66 – O Caso dos Irmãos Naves (1967), de Luís Sérgio Person
67 – Ônibus 174 (2002), de José Padilha
68 – O Anjo Nasceu (1969), de Julio Bressane
69 – Meu Nome é Tonho (1969), de Ozualdo Candeias
70 – O Céu de Suely (2006), de Karim Ainouz
71 – Que Horas Ela Volta? (2015), de Anna Muylaert
72 – Bicho de Sete Cabeças (2001), de Laís Bondanzky
73 – Tatuagem (2013), de Hilton Lacerda
74 – Estômago (2010), de Marcos Jorge
75 – Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), de Marcelo Gomes
76 – Baile Perfumado (1997), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira
77 – Pra Frente, Brasil (1982), de Roberto Farias
78 – Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (1976), de Hector Babenco
79 – O Viajante (1999), de Paulo Cezar Saraceni
80 – Anjos do Arrabalde (1987), de Carlos Reichenbach
81 – Mar de Rosas (1977), de Ana Carolina
82 – O País de São Saruê (1971), de Vladimir Carvalho
83 – A Marvada Carne (1985), de André Klotzel
84 – Sargento Getúlio (1983), de Hermano Penna
85 – Inocência (1983), de Walter Lima Jr –
86 – Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis
87 – Os Saltimbancos Trapalhões (1981), de J –B – Tanko
88 – Di (1977), de Glauber Rocha
89 – Os Inconfidentes (1972), de Joaquim Pedro de Andrade
90 – Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1966), de José Mojica Marins
91 – Cabaret Mineiro (1980), de Carlos Alberto Prates Correia
92 – Chuvas de Verão (1977), de Carlos Diegues
93 – Dois Córregos (1999), de Carlos Reichenbach
94 – Aruanda (1960), de Linduarte Noronha
95 – Carandiru (2003), de Hector Babenco
96 – Blá Blá Blá (1968), de Andrea Tonacci
97 – O Signo do Caos (2003), de Rogério Sganzerla
98 – O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (2006), de Cao Hamburger
99 – Meteorango Kid, Herói Intergalactico (1969), de Andre Luis Oliveira
100 – Guerra Conjugal (1975), de Joaquim Pedro de Andrade*
101 – Bar Esperança, o Último que Fecha (1983), de Hugo Carvana*
Empatados na última colocação, com o mesmo número de pontos –