CINEMA

Funcultura Audiovisual aprova 101 projetos

Resultado do edital de fomento no biênio 2015/2016 foi divulgado nesta terça (5) pela manhã

Mateus Araújo
Cadastrado por
Mateus Araújo
Publicado em 05/07/2016 às 12:54
Secult-PE/Divulgação
Resultado do edital de fomento no biênio 2015/2016 foi divulgado nesta terça (5) pela manhã - FOTO: Secult-PE/Divulgação
Leitura:

O Funcultura Audiovisual, edital de fomento para a área do cinema, divulgou nesta terça (5) pela manhã o resultado da sua 9ª edição. Foram contemplado 101 projetos pelo edital, com um total de R$ 19,9 milhões – R$ 10 milhões do Governo do Estado e o restante pelo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), da Ancine.

A nona edição do certame que incentiva a produção de arte em Pernambuco fomentará filmes de longa e curta-metragem, séries e programas de TV e pesquisas e atividades de formação em cinema e vídeo no Estado. 

O discurso político contra o governo interino do presidente Michel Temer marcou o evento de anúncio, que aconteceu no Museu do Estado de Pernambuco. 

O secretário de Cultura, Marcelino Granja, aproveitou sua fala para ressaltar a importância das políticas culturais de incentivo, que, segundo ele, valorizam a identidade brasileira. Granja frisou a força dos artistas e produtores nacionais no cenário político brasileiro atual, usando como exemplo o engajamento da classe nos atuais movimentos contra o presidente interino Michel Temer, o qual o gestor chama de “governo golpista”. 

Representando o Ministério da Cultura, a diretora da Ancine, Rosana Alcântara, destacou a participação do setor audiovisual brasileiro na economia do País, que representa 0,54% do PIB nacional – equivalente a mais de R$ 22 bilhões na economia brasileira.

“O Brasil vive uma crise política e ética, e o audiovisual cumpre um papel importante na nossa economia”, pontuou a diretora. “Algumas das obras do cinema feito em Pernambuco têm marcado o tempo e a história do País”, complementou.

 

POLITIZADO

Neste ano, um dos destaques do Funcultura Audiovisual 2015/2016 foi a presença relevante de projetos integrados às políticas de inclusão e igualdade de raça e gênero.  

Dos 101 aprovados, 60% deles têm na equipe principal negros, indígenas ou mulheres – de acordo com uma demanda do próprio edital, que deu pontuação maior àqueles que atenderam o critério. 

No entanto, para um dos representantes dos grupos do setor audiovisual, Neco Tabosa, a cota destinada aos negros, indígenas e mulheres ainda é pequena. 

Na ocasião, Tabosa leu também uma carta pública em crítica à política de mecenato no fomento estadual – projeto de lei que será encaminhado à Assembleia Legislativa pela Secretaria de Cultura. “O mecenato deixa ranço de corrupção e é uma marca neoliberal”, disse o cineasta. 

Outra cobrança dos artistas foi a digitalização do processo de inscrição no Funcultura. O que o secretário Marcelino Granja garantiu ser solucionado no próximo edital, ainda sem data para a publicação. “O termo de repasse da verba já foi assinado e encaminhado à ATI (Agência de Tecnologia do Estado), que criará o sistema”, disse Granja. 

A próxima etapa do Funcultura neste ano é o anúncio dos projetos contemplados no edital Geral, que abrange as demais linguagens artísticas. A previsão é que a lista seja anunciada entre agosto e setembro. 

>> Confira aqui os aprovados no Funcultura Audiosvisual 2015/2016.

Últimas notícias