ANIMAÇÃO

Animage começa com mostra competitiva e longa canadense

Windows Horses, de Ann Marie Fleming, é exibido às 19h, no Cinema São Luiz

Ernesto Barros
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Publicado em 22/11/2016 às 9:37
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Windows Horses, de Ann Marie Fleming, é exibido às 19h, no Cinema São Luiz - FOTO: Divulgação
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O melhor da animação mundial desembarca a partir desta terça-feira (22/11), no Recife, no primeiro dia de exibição do Animage – Festival Internacional de Animação de Pernambuco, que chega à sétima edição. Nos próximos seis dias, cerca de 200 títulos, entre curtas e longas-metragens, vão passar em vários pontos da cidade. A Caixa Cultural, no Bairro do Recife, sedia a Mostra Competitiva, que este ano traz 89 curtas de 29 países, com sessões a partir das 14h30. Outras mostras especiais ocupam o Parque Dona Lindu, o Morro da Conceição, a Aliança Francesa, a Praça da Várzea, o Cinema do Museu, o Cinema São Luiz e os hospitais Imip e Agamenon Magalhães. 

No ano passado, em virtude de problemas de patrocínio, o Animage contou apenas com uma mostra informativa. Por isso, o jornalista e cineasta Júlio Cavani, curador do Animage, teve trabalho redobrado: “Isso fez com que a competição oficial tivesse mais de mil filmes inscritos. Ao lado de Mayra Melo e Daaniel Araújo, que ajudaram a escolher os curtas, tivemos o privilégio de nos pautar apenas pela qualidade”, afirma Júlio. 

LONGAS-METRAGENS

A abertura oficial acontece no São Luiz, às 19h, com a exibição da animação canadense Windows Horses, de Ann Marie Fleming. Trata-se de um sensível filme sobre uma jovem poeta canadense em busca de suas raízes culturais e familiares. Filha de um iraniano com uma chinesa, a jovem Rose Ming vai até Shiraz, no Irã, participar de um concurso de poesia, mas o que ela encontra é o passado que os avós chineses tentaram manter enterrado. Animação poética e criativa, o filme paga tributo à cultura árabe de uma maneira que só o francês Michel Ocelot havia feito antes (em As Aventuras de Azur e Asmar). 

Além desse longa, mais outros cincos serão exibidos no São Luiz: A Menina sem Mãos, A Tartaruga Vermelha, Rock in My Pockets, Anomalisa e A Canção do Oceano, que concorreram ao Oscar este ano. “Além da qualidade dos filmes, descobrimos que muitos deles estão conectados com inquietações contemporâneas, como a questão urbana e a participação da mulher, com casos de denúncia e a valorização delas em várias culturas”, explica o curador. 

MOSTRA ERÓTICA

Seguindo essa tendência, a Mostra Erótica, que terá lugar no São Luiz, na sexta, às 20h30, teve um pequeno ajuste: todos os 15 curtas escolhidos este ano foram dirigidos por mulheres. “Quase sempre a representação feminina, seja através de revistas ou de filmes, é fruto dos homens. Nessa mostra, vimos que as mulheres também fazem filmes eróticos, dos mais delicados aos mais escrachados”, adianta Júlio. 

Sobre a Mostra Brasil, que exibirá 11 curtas no sábado, às 17h30, na Caixa Cultural, o curador acredita que os filmes seguem o bom momento da animação brasileira, que este ano teve o longa O Menino e o Mundo indicado ao Oscar. “A participação brasileira está maior a cada ano. Incluímos o curta Bárbara Balaclava, que só havia sido exibido em museus e galerias de arte. Achamos importante incorpororá-lo à Mostra Brasil”, aponta Júlio.

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