OSCAR 2017

Antes desprezado, Casey Affleck pode levar Oscar de melhor ator

Com carreira iniciada há mais de duas décadas, irmão de Ben Affleck tem despertado críticas positivas

Luiz Zanin Oricchio da Estadão Conteúdo
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Luiz Zanin Oricchio da Estadão Conteúdo
Publicado em 24/01/2017 às 12:19
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Com carreira iniciada há mais de duas décadas, irmão de Ben Affleck tem despertado críticas positivas - FOTO: Foto: Divulgação
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Com o papel de Lee Chandler em Manchester à Beira-Mar, Casey Affleck pode viver uma reviravolta em sua carreira. E muita gente que o via como o irmão menos talentoso de Ben Affleck talvez seja convidado a revisar conceitos.

Com uma carreira já um tanto longa, iniciada em 1988, com Lemon Sky, Casey já participou de filmes de sucesso como Gênio Indomável, Onze Homens e um Segredo e Um Beijo a Mais. Mas seu trabalho mais significativo, antes de Manchester, talvez tenha sido em O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford.

Nesse faroeste crepuscular, que chegou a concorrer no Festival de Veneza, Casey está muito bem na pele de Ford, homem que matou à traição um dos mitos do Oeste americano.

Mas este trabalho de relevo não foi suficiente para lhe valer um reconhecimento definitivo como intérprete. Talvez o momento tenha chegado agora, e poderá ser validado de vez com um Oscar.

Enquanto isso, Ben, o irmão mais velho vem colecionando prêmios como ator e diretor. Foi premiado com o Globo de Ouro por Argo. Ganhou como ator em Veneza com Hollywoodland. Está nos créditos em filmes de prestígio como Shakespeare Apaixonado, Pearl Harbour, e em blockbusters como Batman x Superman e Esquadrão Suicida. Vale lembrar que Argo venceu o Oscar de melhor filme.

ESTRADA

A hora parece ser do mano caçula. Há muito chão ainda para a consagração, mas um reconhecimento importante Casey já obteve. A maioria dos críticos concorda que, em Manchester à Beira-Mar, sua interpretação cool do homem que carrega uma tragédia pessoal é das melhores coisas que Hollywood apresentou nos últimos tempos.

Ao trabalhar de maneira contida, Casey simplesmente mostra que, muitas vezes, o menos é mais. Em especial em arte e, sobretudo, quando estamos tratando de temas sombrios e paixões delicadas.

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