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História da Revolução de 1817 vai ser contada na TV Escola

Cineasta Tizuka Yamasaki e o Ministro da Educação, Mendonça Filho, assinaram termo de cooperação

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 06/05/2017 às 10:41
Guga Matos/JCImagem
Cineasta Tizuka Yamasaki e o Ministro da Educação, Mendonça Filho, assinaram termo de cooperação - FOTO: Guga Matos/JCImagem
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Trinta e cinco anos depois de passar uma temporada no Recife, onde filmou o longa-metragem Parahyba Mulher Macho, a cineasta gaúcha Tizuka Yamasaki está de volta ao Recife para, mais uma vez, contar uma história de amor sob o pano de fundo de uma revolução.

Em Parahyba Mulher Macho, seu segundo longa-metragem, Tizuka reconstituiu o romance entre Anayde Beyriz e João Dantas, cuja descoberta pública foi o estopim para a Revolução de 1930, quando Dantas assassinou João Pessoa, o então presidente do Estado da Paraíba.

Agora, a cineasta vai contar a paixão de Domingos José Martins e Maria Teodora da Costa, cujo casamento tornou-se um símbolo da bicentenária Revolução de 1817. A história de amor entre o principal líder da revolução e a filha de ricos comerciantes portugueses não poderia estar em melhor mãos.

HISTÓRIA

Tizuka esteve ontem no Recife para assinar o termo de cooperação entre a TV Escola, o Ministério da Educação e a produtora Rio de Cinema Produções Culturais, pertencente a cineasta, para a realização do docudrama (mistura de documentário e cenas reconstituídas com atores) 1817 - A Revolução Esquecida, adaptado do romance A Noiva da Revolução, do jornalista e escritor pernambucano Paulo Santos de Oliveira.

A cerimônia foi realizada na Fundação Joaquim Nabuco, nas dependência do Cinema da Fundação, no Museu do Homem do Nordeste, em Casa Forte, e contou com a presença do Ministro da Educação, Mendonça Filho, e do Diretor Geral da Roquette Pinto Comunicação Educativa/TV Escola, o jornalista Fernando Veloso. Estavam também presentes o escritor Paulo Santos de Oliveira, o escritor e historiador Leonardo Dantas Silva e o presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Luiz Otávio Cavalcanti.

A produção terá 55 minutos de duração e irá abrir a série História, que será veiculada na TV Escola e na TV Ines (único canal brasileiro que transmite 24 horas diárias de programação na Língua Brasileira de Sinais), que estão sob o comando do Ministério da Educação. De acordo com Fernando Veloso, a série representa um apoio à produção audiovisual brasileira e contará com um edital para o exame e a escolha dos novos projetos.

ACASO

Durante a cerimônia, Tizuka contou que, desta vez, foi puro acaso ela estar à frente de outro projeto realizado em Pernambuco. “Foi um história muito doida. Liguei para o gabinete do ministro porque eu estava com uns problemas com a Ancine, mas, imediatamente, o produtor Ricardo Favilla me interrompeu e disse que eu estava maluca, ligando para o Ministério da Educação e não para o Ministério da Cultura. Gente, eu errei, mas não dava para dizer que foi um engano. Então, fui a Brasília e apresentei para ele o projeto do docudrama da Revolução de 1817. Ele ficou encantado e eu mais ainda porque encontrei um parceiro poderoso. Foi quando ele sugeriu a TV Escola para poder produzir o filme”, relembrou a cineasta.

“Foi algo meio que acidental, Tizuka se dirigia à cultura e terminou na educação”, confirmou o ministro Mendonça Filho “Quando ela nos apresentou seu projeto, para algo relacionado à história de Pernambuco, aquilo tocou meu coração. Sou amante desse Estado e sei o valor histórico dele na formação do nosso País. Seus valores democráticos, as lutas libertárias em vários momentos do Brasil Colônia, do Brasil Império, do período democrático e do período autoritário, Pernambuco sempre se colocou de forma adiante com relação a outros centros da política e da economia do País,” concluiu o ministro.

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