Festival

Após adiamentos, abertura do Cine PE mostra resistência

Primeira noite do festival de cinema, que precisou ser adiado duas vezes, teve plateia fiel, que encheu o Cinema São Luiz

JC Online
Cadastrado por
JC Online
Publicado em 27/06/2017 às 23:19
Foto: Leo Motta/JC Imagem
Primeira noite do festival de cinema, que precisou ser adiado duas vezes, teve plateia fiel, que encheu o Cinema São Luiz - FOTO: Foto: Leo Motta/JC Imagem
Leitura:

A história de 20 anos do Cine PE, para sempre marcado pelo público que lotava o Teatro do Guararapes – cerca de 3 mil pessoas em seus melhores dias –, foi posto à prova na abertura de sua 21ª edição, na noite de ontem, no Cinema São Luiz. E nem a chuva, fraca, mas insistente, foi capaz de espantar a plateia, que preencheu quase todas as poltronas do cinema.

Para comemorar a maioridade do festival, a diretora do Cine PE, Sandra Bertini, contou um pouco da história de sua vida: dos tempos de menina fascinada pelos filmes que via na TV, aos conselhos paternos de que devia procurar um profissão que lhe desse o sustento, ao invés de sonhar em ser atriz ou bailarina. “Posso dizer que o Cine PE é o meu terceiro filho. Obrigada por fazer parte de sua história”, concluiu com a voz embargada e emocionada.

A programação teve início com a apresentação de quatro curtas-metragens de animação stop motion, bastante rudimentares, que foram feitos durante uma oficina realizada no ano passado, numa parceria entre o Cine PE e a Prefeitura do Recife.

A exibição dos curtas-metragens que abriram as mostras competitivas foi o melhor momento da noite. Na Mostra Curta PE, foi apresentado "Os Tomates de Carmelo", de Danilo Baracho, uma história curiosa que se passa Espanha da década de 1940, quando o General Franco flertou com o alemão Adolf Hitler. Na trama, um homem idoso encontra uma maneira, com a cumplicidade de um neto encarcerado, de continuar plantando tomates. O curta "Diamante, o Bailarina", de Pedro Jorge, da Mostra Brasil, conquistou a plateia com o personagem-título, um jovem boxeador gay, que, além de lutar, faz show de transformismo.

Já a apresentação de "Real – O Plano por trás da História", de Rodrigo Bittencourt, teve como destaque o discurso do produtor Ricardo Fadel Rihan, que falou por mais de 20 minutos sobre os legados do Plano Real e do Partido dos Trabalhadores. Ele foi aplaudido por uns, e vaiado por outros. Nada mais justo.

Últimas notícias