DOCUMENTÁRIO

Dia Mundial do Rock é celebrado com o documentário Geração Baré-Cola

Filme será exibido nesta sexta-feira (13!), no Cinema da Fundação/Museu, em Casa Forte, com a presença do diretor Patrick Grosner

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 13/07/2018 às 5:25
Patrick Grosner/Divulgação
Filme será exibido nesta sexta-feira (13!), no Cinema da Fundação/Museu, em Casa Forte, com a presença do diretor Patrick Grosner - FOTO: Patrick Grosner/Divulgação
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Ao contrário dos roqueiros do anos 1980, a quem Renato Russo chamou de Geração Coca-Cola, a turma do rock brasiliense que veio depois não bebeu do mesmo líquido. Para essa geração, que explodiu por volta de 1994, com o sucesso nacional da banda Raimundos, a bebida possível era a barata e intragável Baré-Cola, uma imitação da famosa marca americana.

Essa geração pós-Legião Urbana é o tema do documentário Geração Baré-Cola – Usuários de Rock, de Patrick Grosner, que terá uma sessão hoje, às 20h, no Cinema da Fundação/Museu, em Casa Forte, seguida de um bate-papo com o diretor e o produtor recifense Paulo André Pires, o criador do Abril Pro Rock. A ideia é discutir o legado das bandas brasilienses no Dia Mundial do Rock, comemorado nesta sexta-feira (13/7).

400 BANDAS

A primeira coisa a se falar do documentário é que se trata de um trabalho de amor – amor ao rock, aos roqueiros brasilienses e de qualquer lugar. Patrick Grosner viu de perto quase todo o movimento e dedicou vários anos de sua vida para realizar esse filme, só possível a quem esteve no meio de tudo por muito tempo. Além de ter recuperado gravações em VHS raríssimas, ele entrevistou 39 músicos oriundos de 29 bandas da Capital Federal.

Caduco, da banda Vernon Walters (só em Brasília mesmo para surgir uma banda com o nome desse homem!?) diz que, segundo uma pesquisa do jornal Correio Brasiliense, na época o DF chegou a ter 400 bandas. Para quem não viveu na capital no período, os estilos das bandas e seus componentes parecem de outro tempo e lugar (comparando com a situação da música brasileira atual, eles parecem alienígenas caídos na Terra).

Em cerca de 1h20, Patrick vasculha o passado, conta todas as histórias da época e as hilárias maluquices dos roqueiros brasilienses. Além dos Raimundos, o documentário tem participação dos músicos das bandas Little Quail and the Mad Birds, Pravda, Mascavo Roots e outras que fizeram sucesso só por lá.

Quem viveu o manguebeat, que aconteceu paralelamente ao boom da Geração Baré-Cola, vai sentir saudade da loucura organizada das bandas brasilienses. Graças ao roqueiros, Brasília ganhou uma vida surpreendente. 

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