A atriz Fernanda Souza encerra nesta semana a primeira temporada do Vai, Fernandinha no canal fechado Multishow. Em 15 episódios, ela recebeu convidados especiais para fazer entrevistas descontraídas e envolvê-los em divertidas atividades como batalhas de karaokê e dança, jogos de adivinhação, dublagem, quiz e até preparo de receitas.
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A maior parte das cenas do Vai, Fernandinha foram ambientadas em uma mansão no bairro do Joá, na zona oeste do Rio de Janeiro. Com produção da Floresta e direção de Raphael Vieira, a atração exibe os últimos cinco episódios da temporada de segunda a sexta, às 21h45.
Em entrevista ao Jornal do Commercio, Fernanda Souza falou sobre a carta branca que recebeu do canal para criar o formato do programa, a boa repercussão de sua estreia como apresentadora e os próximos passos da atração.
ENTREVISTA - FERNANDA SOUZA
JORNAL DO COMMERCIO – Finalmente, o Vai, Fernandinha nasceu no Multishow. A ansiedade acabou ou agora vem todos os dias em que o programa vai ao ar?
FERNANDA SOUZA – Acho que a ansiedade segue até as pessoas assistirem a todos os episódios. Porque cada episódio é feito por toda a equipe pra cada convidado. É uma responsabilidade diferente, um conteúdo diferente. Então, até todos irem ao ar eu vou ficar ansiosa pra saber se as pessoas gostaram de todos eles. E porque cada convidado tem muitos fãs e a gente quer agradar a todo mundo, né?
JC – O Vai, Fernandinha é um programa de entrevistas diferente, que tem uma linguagem mais próxima do público jovem (com inserção de hashds_matia_palvr e vídeos da internet). Eles são seu público-alvo?
FERNANDA – O público do canal é o mesmo público que me acompanha nas redes sociais, como o da minha peça (o stand-up Meu Passado Não Me Condena). Ou seja, um pouco mais velho. O lance de ter uma edição mais jovem é natural da personalidade que o formato criou. É um programa que nem posso dizer que é de entrevistas, porque é mais um bate-papo com muitos jogos e brincadeiras. Ele ficou num formato tão leve, divertido e moderno, que a edição teve que conversar com esse conteúdo. As hashds_matia_palvr vêm das minhas redes sociais, e perguntei se eu poderia inseri-las comentando alguns momentos do programa. Então vou assistindo os programas e criando o conteúdo das hashds_matia_palvr. O Vai, Fernandinha foi se criando ao longo de toda a feitura do programa e da própria edição dele.
JC – Além de ser você mesma, existe alguma inspiração para o modo como comanda o programa?
FERNANDA – Quando fui falar de fazer o programa, o (Guilherme) Zattar (diretor do Multishow) só fez um pedido: que eu fosse a mesma menina do Snap. Ele acha que o canal tem uma comunicação que se assemelha com a minha. E é muito natural e fácil pra mim ser eu mesma! (risos) Foi mais fácil que apresentar alguma coisa mais séria, diferente. Quanto mais eu fosse eu, ele disse que era melhor para o canal, para o programa e para o resultado.
JC – O fato de entrevistar pessoas que, teoricamente, você conhece bem, facilita para conversar com o convidado?
FERNANDA – Facilita por um lado porque você já sabe praticamente as respostas do seus convidados. Senti muito isso no programa da Preta (Gil), do Bruno de Luca, do próprio Thiago (Thiaguinho, o marido). Ao mesmo tempo é muito gostoso porque deixa um clima de intimidade que acho que o público gosta de ver. Acho que cada personagem que o programa convida é um desafio para mim e a equipe de montar aquilo que seja a cara deles. Com uns eu tenho mais intimidade, com outros menos, mas a minha intenção é sempre deixar o convidado muito à vontade. Quero que ele saia de lá sentindo que se divertiu bastante. Essa é uma prioridade, independente de o convidado ser muito meu amigo ou não.
JC – Qual o episódio mais especial desta temporada?
FERNANDA – Especial é muito difícil. Tá que nem filho, não tá dando pra escolher! Cada um tem uma coisa diferente. Ou porque o convidado é muito meu amigo, ou porque o conteúdo acabou ficando inacreditavelmente surpreendente, ou porque é um convidado que não tenho tanta proximidade e é gostoso descobrir, conversar, me aproximar. Tão difícil escolher, né?
JC – E o mais trabalhoso?
FERNANDA – Posso dizer que todos os episódios deram um certo trabalho entre aspas. Aquele trabalho gostoso e desafiador. Porque a gente criou um programa do zero. E quando você cria um formato dá muito trabalho você ir testando, descobrindo o que funciona. Com certeza, a segunda temporada vai ser muito mais fácil para toda a equipe, e para mim também, que vou estar fazendo pela segunda vez. Eu nunca apresentei um programa sozinha na minha vida. Então é um frio na barriga, uma ansiedade, uma loucura (risos), sei lá, um mix de emoções!
JC – O que você aprendeu com esta primeira temporada de Vai, Fernandinha?
FERNANDA – Na verdade, o que eu ainda estou aprendendo! (risos) É a primeira vez que faço isso sozinha, e é uma responsabilidade grande. O Multishow me deu carta branca para criar tudo, desde como eu queria que fosse o formato até a escolha do cenário, dos convidados. Meu figurino, as hashds_matia_palvr, a edição final sou eu que dou o “valendo” final e digo: ‘Tá ok, pode ir ao ar’. E todos os elogios que o programa recebe eu vejo como um elogio à minha equipe e não só a mim, pois todo mundo se dedicou muito. Inclusive mandei um e-mail de agradecimento a eles porque realmente foi muito especial. Eu tinha um sonho e de repente todo mundo sonhou comigo e virou realidade.
JC – Podemos esperar uma segunda temporada?
FERNANDA – Ah, claro! A segunda, a terceira, a quarta, a quinta, se Deus quiser! Eu pedi muito esse programa pra Deus, pedi muito para o Universo e Ele me deu. Então aqui já se acabou o primeiro, eu já estava pedindo de novo, fazendo todo o mantra para a segunda temporada. Quando acabar a segunda, eu já vou emendar no mantra da terceira, e eu vou emendando até fazer 27. “Aloka”, mentira! (risos) Enfim, até continuar sendo feliz assim. E eu tô muito feliz!
