Luciano Amaral explica ausência em mostra sobre o Castelo Rá-Tim-Bum

Ator, que interpretava Pedro no programa da TV Cultura, se sentiu desrespeitado

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Ator, que interpretava Pedro no programa da TV Cultura, se sentiu desrespeitado - FOTO: Reprodução

O ator Luciano Amaral falou sobre sua ausência na inauguração da mostra sobre o programa Castelo Rá-Tim-Bum promovida pelo Memorial da América Latina, em São Paulo. Convidado para a abertura, que ocorrerá nesta sexta-feira (31/3), ele disse que não iria em respeito ao próprio programa da TV Cultura. "Na verdade, eu adoraria estar presente nessa exposição. Acho que faz parte da minha história o Castelo Rá-Tim-Bum. Acho que, como parte da minha história, eu deveria estar presente. Só não estou presente pela falta de respeito com que o processo todo aconteceu", afirmou o ator, que interpretava Pedro no programa da TV Cultura, antes de acrescentar que esperava que as pessoas se encantassem com a mostra. 

 

Luciano Amaral publicou o vídeo sobre o assunto no canal sobre games que ele mantém no YouTube, afirmando que era para responder às perguntas que muitas pessoas fizeram para ele nas redes sociais sobre essa nova exposição. A mostra realizada no Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS-SP), entre 2014 e 2015, foi um sucesso de público. "Fizeram uma exposição muito legal, que com certeza vai ficar marcada na memória de muita gente. Uma exposição que foi feita com bastante carinho, bastante apreço, bastante cuidado em relação a tudo o que esse programa representa para as pessoas. E você pode imaginar o que representa para nós que fizemos também, né?", iniciou o ator.

 

Ele continuou comentando que o Castelo Rá-Tim-Bum marcou uma geração e que as pessoas ainda falam com carinho sobre o programa quando o encontram. Sobre se a exposição no Memorial da América Latina é a mesma do Mis, Luciano afirmou: "Nós que fizemos parte do Castelo Rá-Tim-Bum, tanto os atores quando boa parte das pessoas que trabalharam na equipe técnica ou algo do tipo, não sabíamos (da nova mostra) até pouco tempo. Ou melhor, até o dia em que eles anunciaram e já começaram a vender os ingressos, que existiria uma nova exposição".

 

"Totalmente o contrário do que aconteceu na exposição do Mis, que a gente foi consultado. A gente, sem ganhar nada em troca, gravou depoimentos para enriquecer a exposição. (...) A gente acredita, pelo carinho das pessoas, que seria muito legal (o público) ter contato com esse universo, não só com o que aconteceu na frente das câmeras, assistindo ao programa, mas também tendo acesso a fatos curiosos, sabendo um pouco mais da história desse programa tão legal que é o Castelo Rá-Tim-Bum. Por isso, a gente participou sem pedir nada em troca da exposição do MIS. Porque desde o começo a gente foi tratado com muito respeito, valorizando nosso trabalho. E, como eu ressalto, sem ganhar nada, só o carinho das pessoas em visitar a exposição e falar para a gente o quanto o Castelo faz parte da vida delas, formou o caráter das pessoas. Para nós, isso já um ganho muito grande", continua o ator em outro trecho do vídeo.

 

"Já pra essa nova, vocês conseguem imaginar. Saber da exposição somente quando os caras anunciam e já começam a vender ingresso, ou seja, alguns dias atrás, mostra um pouco de falta de respeito, talvez despreparo, amadorismo no jeito de fazer as coisas. Agora, se coloca no lugar de quem faz parte. Ser comunicado de algo em que sua cara está lá, no caso dos atores, somente no dia em que é anunciado e já começam a ser vendido os ingressos é algo no mínimo desrespeitoso. Eles entraram em contato, mas somente depois que a gente foi pras mídias sociais perguntar o que estava acontecendo".

 

 

Convite

 

Em entrevista ao repórter Paulo Pacheco, do UOL, o presidente do Memorial da América Latina, Irineu Ferraz, comentou as afirmações de Luciano Amaral: "É o direito de cada um. Se ele tem esse entendimento, mas a nossa equipe fez contato com todos e está à disposição ainda de que eles venham. E a gente faria questão que viessem mesmo, porque o mais importante é o Castelo, é o conteúdo que eles transmitiram para aquela geração e para as pessoas de hoje".

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