Na última quarta-feira (2), o colunista Leo Dias, do jornal O Dia, recebeu a informação de que estava acontecendo uma reunião com o elenco de Segundo Sol para falar sobre a falta de personagens negros na próxima novela das nove da Globo. Além disso, haveria um suposto e-mail enviado apenas aos atores brancos explicando o que eles deveriam responder à imprensa sobre essa questão, já que a apresentação da novela para os jornalistas acontece na próxima terça-feira (8).
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A emissora carioca foi procurada pelo colunista e respondeu aos questionamentos: "Não houve reunião do elenco com a Comunicação; não há nem nunca houve e-mail da Globo com instruções ao elenco sobre esse assunto; na época da escalação de Segundo Sol discutiram-se nomes como o de Taís Araújo, que não poderia pois está em Mister Brau, e de Camila Pitanga, que não se sente pronta para voltar às novelas, depois do acidente que causou a morte de Domingos Montagner no final de Velho Chico".
Ainda de acordo com Leo Dias, na quarta-feira (2), um grupo de atores de Segundo Sol procurou a diretora da DAA (Desenvolvimento e Acompanhamento Artístico), Monica Albuquerque, para conhecer o posicionamento da empresa sobre os comentários críticos à escalação da novela que circularam nas redes sociais no fim de semana.
Eles ouviram da Globo que uma história como a de Segundo Sol, também pelo fato de se passar na Bahia, traz muitas oportunidades e, sem dúvida, reflexões sobre diversidade na sociedade, que serão abordadas ao longo da novela, que está estruturada em duas fases. As manifestações críticas que a Globo viu, até agora, estão baseadas sobretudo na divulgação da primeira fase da novela, que se concentra na trama que vai desencadear as demais. Em tempo: a novela segue com estreia marcada para o dia 14 de maio.
LEIA O COMUNICADO DA GLOBO:
"Estamos atentos, ouvindo e acompanhando esses comentários, seguros de que ainda temos muita história pela frente. Foi colocado que, de fato, ainda temos uma representatividade menor do que gostaríamos e vamos trabalhar para evoluir com essa questão. É importante esclarecer que conversas como as que aconteceram na quarta-feira (2) são comuns e, inclusive, encorajadas numa empresa que preza a transparência e o diálogo com seus colaboradores".