O carioca Rubens Figueiredo, 55 anos, e o paulista Marcelo Ferroni, 37, são os vencedores do Prêmio São Paulo de Literatura, convedido pelo Governo de São Paulo. Cada escritor recebeu R$ 200 mil, em cerimônia realizada no Museu da Língua Portuguesa, realizada nesta segunda-feira à noite.
Com o Passageiro do fim do dia, que conta a jornada de um homem durante uma viagem de ônibus do centro para periferia, que encontra o reflexo de si mesmo no universo em seu em torno, Rubens Figueiredo conquistou o prêmio na cateogria Melhor Livro do Ano. No thriller de espionagem Método prático de guerrilha, que narra a saga do guerrilheiro argentino Che Guevara é recontada em forma por um biógrafo sem nome, que tem em mãos material inédito sobre o único brasileiro que participou da empreitada, Marcelo Ferroni foi o vencedor na Melhor Livro do Ano - Autor Revelação. Os dois livros foram publicados pela Companhia das Letras. No ano passado, a dobradinha pertenceu à Record, como Minha alma é irmã de Deus, de Raimundo Carrero e Se eu fechasse os olhos agora, do estreante Edney Silvestre.
Cronista, romancista e tradutor, Rubens Figueiredo estreou com O mistério da samambaia bailarina, em 1986. Em seguida vieram Essa maldita farinha (1987) e A festa do milênio (1990). O autor já havia recebido o Prêmio Jabuti por As palavras secretas (agraciado também com o Prêmio Arthur Azevedo de Contos da Fundação Biblioteca Nacional) e Barco a seco. Publicou ainda Contos de Pedro e O livro dos lobos (Companhia das Letras). Traduziu Anna Karenina e Pais e Filhos, de Leiv Tolstói.
A edição 2.011 teve 221 livros inscritos, contra 217 de 2010. O júri final que concedeu o prêmio foi formado por Alexandre Martins Fontes, Francisco Foot Hardman, Ignácio de Loyola Brandão,Regina Dalcastagnè, Ruy Altenfelder e Francisco Foot Hardman.
Os dez finalistas em cada categoria foram anunciados durante o IV Festival da Mantiqueira – Diálogos com a Literatura, realizado em São Francisco Xavier (distrito de São José dos Campos). A escolha foi realizada por um júri inicial, formado por Anna Maria Martins, Cibele Lopresti Costa, Donizete Galvão de Souza, Helena Bonito Couto Pereira, Luiz Avelino de Lima, Luiz Gonzaga Marchezan, Maria Antonia Pavan de Santa Cruz, Maria da Aparecida Saldanha, Mirna Queiroz dos Santos e Rodrigo Vilella.
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Marcelo Ferroni é editor da Alfaguara, chancela de literatura da Editora Objetiva no Brasil. Método prático de guerrilha é a sua obra de estreia.