A Academia Brasileira de Letras (ABL) escolhe, nesta quinta-feira (11/4), um novo imortal para se juntar à instituição. A disputa pela cadeira que era ocupada pelo poeta alagoano Lêdo Ivo, falecido em dezembro do ano passado aos 88 anos, tem sido uma das mais acirradas dos últimos tempos. Entre os principais candidatos, estão a jornalista e ensaísta Rosiska Darcy de Oliveira, o diplomata e escritor João Almino, o filósofo e poeta Antonio Cicero e a historiadora Mary Del Priori. Pernambuco tem um forte representante na eleição: o poeta Marcus Accioly, um dos principais nomes da tradição de poesia narrativa no Brasil, autor de obras como Sísifo (1976), Narciso (1984) e Latinomérica (2001).
Em março, Accioly foi para o Rio de Janeiro por dez dias intensificar sua campanha pela vaga. “Eu visitei uma boa parte dos acadêmicos, na verdade, quase todos. Foram reencontros felizes com pessoas que não via há muito tempo. Estive, para citar só um, com o doutor Ivo Pitanguy – a última vez que nos tínhamos encontrado foi há 20 anos. Em nenhum dos acadêmicos que visitei senti alguma má vontade. Revi muito amigos, escritores, poetas, amigos”, conta o escritor. Ele levou para o Rio uma edição especial feita pela Bagaço com seu currículo e uma seleção dos seus poemas.
Sobre as chances no pleito, ele prefere não comentar muito. “Eu não comecei muito cedo a campanha, e, às vezes, decide-se a eleição logo após a morte”, explica. Em meio a “campanha feroz”, ele não declara os votos que pode ter para, por exemplo não constranger amigos ou entrar em disputas públicas.
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