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Pernambuco terá espaço de debates na Bienal do Livro de São Paulo

O projeto Pernambuco Continente Imaginário levará escritores como Marcelino Freire, Ronaldo Correia de Brito e Samarone Lima

JC Online
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Publicado em 12/07/2016 às 6:01
Virgínia Ramos/Divulgação
O projeto Pernambuco Continente Imaginário levará escritores como Marcelino Freire, Ronaldo Correia de Brito e Samarone Lima - FOTO: Virgínia Ramos/Divulgação
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No evento de maior público do mercado editorial nacional, um espaço vai se debruçar apenas sobre a produção literária e cultura pernambucana. O projeto Pernambuco Continente Imaginário, comandado pela Bienal do Livro de Pernambuco, vai levar para a Bienal do Livro de São Paulo – a maior do País – debates, mesas e atividades com escritores do Estado. Com um amplo um estande na feira paulista, o espaço receberá autores como Marcelino Freire, Ronaldo Correia de Brito, Samarone Lima e Adrienne Myrtes, entre outros.

O projeto é realizado pela Cia de Eventos e pela Editora Cubzac. “A nossa percepção, para citar Silvio Meira, é que o futuro chegou, mas está mal distribuído. O mercado editorial está desde a época da côrte muito concentrado no Sudeste”, comenta o diretor da Cia de Eventos, Rogério Robalinho. Ao mesmo tempo, lembra Deborah Echeverria, editora da Cubzac, Pernambuco vive um momento fértil na sua produção literária e cultural.

O Pernambuco Continente Imaginário nasceu dessa vontade de fortalecer o protagonismo da literatura do Estado em um palco nacional. “Essa é a função de uma produtora como a nossa, ser uma escada para o conteúdo produzido pelas pessoas”, define Robalinho. A ideia é convidar, no período de funcionamento da Bienal, de 26 de agosto a 4 de setembro, escritores e fazer parceria com eles, numa programação versátil. “Até agora, todos os nomes que convidamos aceitaram. E também vamos levar editoras”, explica o diretor da Cia de Eventos. Além da Cubzac, a Cepe Editora já confirmou a presença no estande – e a Editora da UFPE, a Massangana, a Coqueiro e a Bagaço devem ser convidadas também. “Não queremos só que os autores estejam lá, vamos procurar fazer uma divulgação intensa das nossas atividades na imprensa de São Paulo e daqui”, comenta Deborah.

A programação deve ser composta de escritores: além dos já citados, estão nomes como Cristhiano Aguiar, Biagio Pecorelli, Sidney Nicéas, Maria Cristina Cavalcanti, André Rezende, Waldir Oliveira, Jorge Filholino e Luiz Arraes, entre outros. O estande vai trazer a aproximação da escrita com o outras linguagens, como o cinema e o teatro. Para um debate sobre os 20 anos do filme Baile Perfumado estarão lá os diretores e roteiristas Hilton Lacerda – que está finalizando a série Fim de Mundo, adaptando contos de autores nordestinos – e Lírio Ferreira. Outro convidado é o diretor de Big Jato, Cláudio Assis. O dramaturgo Newton Moreno, um dos principais nomes do cenário teatral brasileiro, também participa – ele lançou neste ano o volume Ópera e Outros Contos.

Durante os dez dias da Bienal do Livro de São Paulo, o estande vai também vender os livros dos autores do cenário pernambucano. “Queremos deixar por lá as obras de quem vai e mesmo de quem não puder ir. Estamos negociando o esquema de distribuição”, adianta Deborah.

A programação está sendo fechada a partir de mesas, mas um dos objetivos do Pernambuco Continente Imaginário é receber espontaneamente propostas de autores pernambucanos – e editoras independentes – que queiram lançar livros e participar de debates na Bienal. Para tanto, Deborah e Robalinho disponibilizam dois e-mails para receberem as propostas: [email protected] e [email protected]. A ação não tem um orçamento definido: segundo Robalinho, a simplicidade do projeto só permite às empresas ceder o espaço, e os próprios participantes bancam a viagem e a estadia.

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