GESTÃO PÚBLICA

A Letra e a Voz e Prêmio Pernambuco com pagamentos atrasados

Os eventos, organizados respectivamente pela Prefeitura e Governo do Estado, não pagaram colaboradores

JC Online
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Publicado em 24/12/2016 às 8:00
Lú Streithorst/PCR
Os eventos, organizados respectivamente pela Prefeitura e Governo do Estado, não pagaram colaboradores - FOTO: Lú Streithorst/PCR
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Viraram uma triste rotina os atrasos – de vários meses – no pagamento de contratações para eventos públicos. Agora, escritores e jornalistas reclamam da falta de perspectiva de receber pelo trabalho que realizaram no Festival Recifense de Literatura – A Letra e a Voz, organizado pela Secretaria de Cultura do Recife (SCR), e no Prêmio Pernambuco de Literatura, organizado pela Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE).

Os dois estão com pagamentos atrasados. No caso do festival municipal, três participantes do A Letra e a Voz denunciaram em uma carta aberta que ainda não haviam receber o pagamento pelo trabalho no evento, que aconteceu em agosto. No texto, Carol Almeida, Micheliny Verunschk e Renata Pimentel afirmam que a única resposta que tiveram até agora da Secretaria Municipal de Cultura, responsável por organizar o evento, é que “não há previsão de pagamento”.

“Nós entregamos toda a documentação na época do festival mesmo. A prefeitura responde com ‘não há previsão de pagamento’. Os processos já foram empenhados, mas o dinheiro não é liberado”, diz Carol Almeida. O A Letra e a Voz já teve denúncias de atraso nos pagamentos em edições anteriores.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a SCR afirmou: “A Fundação de Cultura Cidade do Recife informa que todo o processamento da despesa do Festival de Literatura já foi feito e que está aguardando a liberação do pagamento”. Além disso, garantiu que a virada de ano fiscal não vai impedir o pagamento de ser feito. Nenhum prazo ou previsão foi citado.

PRÊMIO

No Prêmio Pernambuco de Literatura, a situação é parecida. Escritores contratados para participarem do júri – o trabalho de avaliação dos livros aconteceu entre fevereiro e agosto deste ano – ainda não receberam. “Desde outubro falam que vão pagar e até agora nada. O ano fiscal foi encerrado dia 15, há uma promessa para o dia 28, mas até agora nada. O trabalho foi feito entre fevereiro e agosto e nada de pagamento para nenhum dos jurados”, explica a escritora Micheliny Verunschk. O escritor Nivaldo Tenório está na mesma situação.

Segundo a assessoria da Secult-PE, toda a documentação entregue pelos membros do júri está correta e o pagamento está “em previsão”. A expectativa é que os valores sejam pagam nos próximos dias – a liberação do dinheiro depende da Secretaria da Fazenda.

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