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Prêmio Cepe de Literatura anuncia vencedores de sua terceira edição

Foram quatro premiados nas categorias de romance, contos, infantojuvenil e poesia

JC Online
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Publicado em 11/01/2018 às 18:16
Cepe Editora/Divulgação
Foram quatro premiados nas categorias de romance, contos, infantojuvenil e poesia - FOTO: Cepe Editora/Divulgação
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A Cepe Editora anunciou nesta quinta (11) os vencedores da 3ª edição do Prêmio Cepe Nacional de Literatura, que premia com R$ 20 mil o primeiro lugar de cada uma de suas quatro categorias. As quatro obras foram escolhidas entre 450 volumes inscritos.

Na categoria romance, o livro pelo Prêmio Cepe de Literatura escolhido foi Anjo Negro: a História Secreta de GV, do paulista Paulo Schmidt. Em contos, o livro do pernambucano Ricardo Braga, intitulado A Flor Lilás e Outros Contos. Uma Mulher sob a Influência de um Algoritmo, da carioca Rita Isadora Pessoa, levou a categoria de poesia. Por fim, entre as obras infantojuvenis, a escolhida foi A Coisa Brutamontes, da paulista Renata Penzani.

O júri foi composto pelos escritores Ricardo Lísias (SP), Andrea del Fuego (SP) e o professor de Literatura Lourival Holanda (PE). A pré-seleção de obras foi feita por Hugo Viana, Gerusa Leal, Alexandre Furtado e Raimundo Moraes.

SINOPSE DAS OBRAS

ROMANCE - ANJO NEGRO: A HISTÓRIA SECRETA DE GV – Paulo Schmidt, São Paulo
Romance do gênero “mashup novel”, que mistura fatos históricos e personagens verídicos com elementos fantásticos oriundos do folclore mundial e do universo geek, como vampiros e lobisomens. Trata da história secreta do presidente Getúlio Vargas, contada pelo seu guarda-costas, Gregório Fortunato, e a luta de ambos para salvar o Brasil dos lobisomens e vampiros que, desde a colonização, assolam o país, conservando-o na miséria e no atraso. A história se desenrola de 1923 a 1962, narrada pelo protagonista, Gregório Fortunato, um negro de quase dois metros, que trava violentas pelejas com criaturas monstruosas ao mesmo tempo que interage com figuras históricas, preso injustamente pelo assassinato que vem a ocasionar o suicídio do presidente, em 1954.

CONTO - A FLOR LILÁS E OUTROS CONTOS - Ricardo Braga, Recife-PE.
O livro contém dez contos escritos ao longo de 2017, sendo comum à maioria a referência espacial, com as cenas se desenrolando em Recife, Taquaritinga do Norte, Catimbau ou Rio de Janeiro. Outra marca predominante é que, embora frutos da criação e nunca descrição de episódios reais, as histórias são verossímeis, não impedindo, no entanto, os necessários voos livres da imaginação. Nesta obra, o autor opta por salientar linguagem e cena regionais, mas sem cair no uso de expressões folclóricas ou forçar diálogos carregados de expressões locais. Embora alguns temas sejam graves, até dolorosos, os contos trazem a leveza e o bom humor na maioria dos seus personagens.

POESIA - UMA MULHER SOB A INFLUÊNCIA DE UM ALGORÍTIMO – Rita Isadora Pessoa, Rio de Janeiro
Uma mulher. Cinquenta mulheres. Uma mulher a cada página. Uma mulher como eu, uma mulher como você. Em Mulher sob a influência de um algoritmo, a autora percorre dezenas de possibilidades de existências femininas autônomas, relacionadas entre si ou arbitrárias, em busca de uma mulher que sempre escapa, fugidia. Nesse livro de poemas de Rita Isadora Pessoa, o algoritmo da linguagem tem a função de oráculo e a contingência dos números acompanha o gesto de desaparecimento de uma mulher que se recusa a ser escrita em linguagem java ou html.

INFANTOJUVENIL - A COISA BRUTAMONTES – Renata Penzani, São Paulo
Não seria absurdo imaginar um menino cair de amores por uma senhora idosa se no meio da história estivesse algo ainda mais estapafúrdio: um búfalo enorme e desconjuntado. “A coisa brutamontes” é um livro-interrogação: Há um lugar para ser criança e outro para ser velho? A velhice tem um lugar? A infância um dia acaba? Perto e longe são palavras desconhecidas? O que acontece quando uma criança se apaixona por alguém com muitos anos sem nem saber o que é gostar? Essa é uma história de ficção, mas poderia ser a vida. Cícero e Dona Maria são como coordenadas geográficas tentando indicar um lugar fácil de chegar mas que mesmo assim poucos visitam depois de grandes: um lugar chamado infância.

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