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Frejat quer ver o povo dançar e festejar no Recife

Músico toca no Baile Perfumado

AD Luna
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AD Luna
Publicado em 22/11/2012 às 6:03
NE10
Músico toca no Baile Perfumado - FOTO: NE10
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“Vai ser bem pra cima, bem festeiro, com muitas músicas que o povo conhece”. Assim o cantor, compositor e guitarrista Frejat define o espírito do show A tal felicidade (baseado em seu DVD ao vivo) que fará na sexta-feira (23) no Baile Perfumado. O concerto foi construído em cima de hits de artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Legião Urbana, Rita Lee, Tim Maia, Gonzaguinha, além de sucessos da sua carreira solo e do grupo Barão Vermelho.

Em entrevista concedida por telefone, Frejat diz que montou esse show para evidenciar seu lado intérprete. “A resposta do público tem sido muito bacana. E é uma forma de construir uma ponte com quem ainda não conhece meu trabalho autoral”, comenta.

Há artistas que têm certa dificuldade em descobrir sua própria identidade. Alguns passam mesmo a vida inteira tentando encontrá-la sem sucesso. Frejat, ao contrário, afirma ter se descoberto musicalmente logo depois do lançamento do seu primeiro CD, Amor pra recomeçar, lançado em 2001. “É um conceito que está muito claro pra mim, a maneira como gosto de abordar as canções”.

Seja com o Barão ou em sua carreira solo, as músicas de Frejat embalaram e continuam a servir como trilha sonora de gente apaixonada – pelos amigos, família, namorados, pela vida. Mensagens e comentários publicados em redes sociais atestam essa identificação.  “É uma coisa muito bacana! Já fui convidado para tocar até em casamentos. Acho que isso acontece porque no meu repertório eu falo muito de amor e minha música acaba por marcar a vida dessas pessoas. É uma honra”, orgulha-se.

Ao se navegar pelo maior canal de vídeos do mundo, o YouTube, é comum nos depararmos com gente de faixas etárias diversas fazendo comparações entre o som e as letras de artistas que hoje se encontram em evidência com os de grupos de rock dos anos 1980. É curioso observar jovens com seus 15, 16 anos lamentando não ter nascido à época, na qual, segundo seus relatos, “a música era muito melhor”.

Frejat evita fazer tal comparação, mas não deixa de comentar. “É muito difícil se julgar uma geração. A dos anos oitenta (especificamente a do rock) surgiu muito forte. Rompemos com uma MPB de certo perfil. Hoje está tudo muito espalhado. Todo mundo tem acesso à informação. A ‘democratização’ da internet segmentou tudo. Mas não acho que exista isso de pior nem melhor”, pondera.

Mesmo reafirmando a ideia de que já tem uma personalidade musical construída e, portanto, pouco suscetível a influências, Frejat não deixa de ouvir sons do presente. “Gosto do Nação Zumbi. Otto me agrada muito. Penso que Pitty escreve boas coisas. Estou ouvindo Lucas Santtana, acho muito bonito o trabalho dele, e também curto Vanguart e Rômulo Fróes”.

Leia mais no Caderno C desta quinta (22).

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