NOVO REGENTE

Marlos Nobre assume Orquestra Sinfônica do Recife

Maestro assume posto antes ocupado por Osman Gioia, que saiu no mês passado depois de exigência dos músicos da orquestra

Do JC Online
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Publicado em 18/06/2013 às 15:18
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Depois de uma crise interna que culminou no afastamento do maestro Osman Gioia da regência da Orquestra Sinfônica do Recife (OSR), no mês passado, o prefeito Geraldo Júlio e a secretária de Cultura Leda Alves reuniram na noite de terça (18), no Teatro de Santa Isabel, a imprensa e parte dos músicos do conjunto para anunciar seu novo titular. A tarefa de reestruturar a orquestra ficará a cargo do maestro recifense Marlos Nobre, de 74 anos, regente e compositor com reconhecimento internacional. Por enquanto, pela disponibilidade de Nobre, o cargo tem caráter temporário.

Com discursos otimistas e afáveis, a secretária e o prefeito se mostraram satisfeitos com a vinda do maestro, radicado no Rio de Janeiro, para o comando da OSR. “Convidamos Marlos por sua competência e experiência sem igual. Ele vai nos ajudar a diagnosticar os problemas da OSR e trazer soluções”, anunciou Leda Alves. Para o prefeito Geraldo Júlio, apontado por Leda como um “grande entusiasta da OSR”, o objetivo de agora é recolocar o conjunto em um patamar elevado de reconhecimento. “Houve várias dificuldades nos últimos tempos, mas está na hora de driblá-las. Sabendo da história de Nobre, é uma honra contar com ele nesse momento delicado”, afirmou o gestor.

Marlos Nobre, que diz ter sempre nutrido uma relação de admiração pela OSR – ainda que a distância –, prometeu não descansar na nova empreitada. “Com o amor que temos pela música, vamos fazer uma nova orquestra. Esse matrimônio artístico será muito importante para o Recife. Como todo relacionamento, tem suas arestas, mas vamos podá-las”, adiantou o maestro.

Ovacionado mas cobrado pelos músicos presentes, Nobre afirmou que uma das principais preocupações de sua gestão será o já exaustivamente prometido Plano de Cargos e Carreira dos músicos. “O prefeito já está ciente de que, sem isso, não podemos seguir. Precisamos consertar a administração da OSR, com uma gestão de clareza e confiança. Além da ausência de um plano de carreira, precisamos sanar a falta de instrumentos e de materiais básicos”.

Sobre os músicos que encaram o cargo na OSR como algo secundário, e que chegam a faltar ensaios e mesmo concertos sem justificativa, Nobre foi incisivo: “Vamos lutar por um salário respeitável, mas eles, ainda que não sejam exclusivos da orquestra, deverão ter dedicação absoluta. A OSR voltará a ser um elemento vivo na cidade”, concluiu o novo regente.

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