FESTIVAL

Discípulos celebram Moacir Santos

Evento que ocupa o Teatro de Santa Isabel na sexta-feira (2) e no sábado (3) presta o maior tributo artístico já conferido ao maestro pernambucano em seu Estado natal

João Marcelo Melo
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João Marcelo Melo
Publicado em 02/08/2013 às 6:00
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O Festival Moacir Santos, que ocupa o Teatro de Santa Isabel hoje e amanhã, presta o maior tributo artístico já conferido ao maestro pernambucano em seu Estado natal. Com atrações nacionais e internacionais, reúne ex-colaboradores e músicos que, de uma forma ou de outra, seguem os passos do maestro nascido no Sertão do Pajeú. Haverá mesas-redondas no período da manhã, no Salão Nobre do teatro, e concertos à noite.

Do estado norte-americano da Califórnia – onde Moacir viveu metade dos seus 80 anos de vida, até sua morte em 2006 – vem Mark Levine & The Latin Tinge, que abre a noite de hoje. O grupo apresenta o repertório do álbum Off & On, the music of Moacir Santos, indicado ao Grammy Latino de 2010. Além de Mark Levine, ao piano, The Latin Tinge conta com Mary Fettig (flauta e saxofone), Michaelle Goerlitz (percussão), o curitibano Celso Alberti (bateria) e John Wiitala (contrabaixo).

Encerrando a noite de hoje, a Banda Ouro Negro apresenta pela primeira vez no Recife o repertório do premiado álbum Ouro negro, lançado em 2001. "Será basicamente o mesmo concerto que fizemos no Rose Theater do Lincoln Center, em Nova Iorque, em 2010, a convite do Wynton Marsalis", conta Zé Nogueira, que dirige a banda ao lado de Mário Adnet. "Além de músicas do Ouro Negro, vamos incluir algumas do disco Choros & Alegria, que reúne composições mais antigas de Moacir."

A noite de amanhã será aberta pelo Quarteto Coisas, criado especialmente para o festival e formado por Andrea Ernest (flautas), Paulo Braga (piano), Maurício Carrilho (violão) e pelo pernambucano Marco César (bandolim). O grupo apresenta temas da série Moacirsantosianas, criada por Carrilho. "Vamos fazer também um choro inédito de Moacir chamado Não há dúvida, que ele tocou no teste que fez para entrar na Rádio Nacional. O filho dele encontrou a partitura recentemente e me enviou", conta Andrea.

No encerramento, The Clare Fischer Big Band, formada por músicos da região de Los Angeles, apresenta-se tendo como solista o trompetista Steve Huffsteter, que tocou e gravou com Moacir em seus discos lançados pela Blue Note. A big band acaba de ganhar o Grammy Award 2013 de Melhor Álbum de Jazz Latino, com Ritmo!. O seu fundador, Clare Fischer, falecido no ano passado, foi colaborador de Moacir Santos e escreveu arranjos para nomes como Michael Jackson, Al Jarreau e Prince. Quem dirige o grupo atualmente é seu filho, Brent Fischer.

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