Tão genial, tão pouco conhecido. O destino do pernambucano Moacir Santos é o mesmo de tantos músicos brasileiros. Compositor, instrumentista e maestro cultuado pela crítica, ele permanece desconhecido pelas multidões. Para amenizar essa injustiça histórica, a pesquisadora e flaustista carioca Andrea Ernest Dias traz ao Recife, a partir desta quarta-feira, a segunda edição do Festival Moacir Santos, reunindo convidados nacionais e internacionais no palco do Teatro de Santa Isabel, além de uma oficina no Conservatório Pernambucano de Música. Ela também aproveita para disponibilizar ao público o livro Moacir Santos – Ou os caminhos de um músico brasileiro, fruto de sua tese de doutorado.
Recife hospedou solitariamente a primeira edição do festival, realizada em 2013. Este ano, duas novas cidades, Rio de Janeiro e Brasília, também passaram a receber as atrações escolhidas por Andrea Ernest Dias em parceria com o pianista Paulo Braga. “Basicamente, a linha curatorial se manteve a mesma”, contou ao JC. “A ideia é agregar músicos brasileiros e dos Estados Unidos, realçando o caráter internacional da obra Moacir Santos e abrir espaço para as novas gerações, de forma a aproximá-las do nosso homenageado”.
Um dos nomes mais importantes desta edição é o de Hubert Laws, considerado um dos maiores flautistas do jazz, que se apresenta amanhã, às 21h30. Outro destaque é o do Trio 3-63, formado por Andrea Ernest Dias, Paulo Braga e o percussionista Marco Suzano, que traz no repertório as inéditas The Beautiful life, Sambatango e a linda balada Love go down, descobertas nos arquivos do maestro na Califórnia.
Essas três músicas inéditas fazem parte de um disco a ser lançado em breve pelo Trio 3-63 com o título de Muacy, nome do maestro antes de ser batizado oficialmente. Andrea e seus companheiros também são responsáveis pela oficina oferecida no Conservatório Pernambucano de Música na quinta-feira, às 10h.
A abertura da segunda edição do Festival Moacir Santos está marcada para hoje às 19h30, no Teatro de Santa Isabel, com um concerto da Banda Sinfônica do Conservatório Pernambucano de Música, regida pelo maestro Marcos F.M..
Leia a matéria completa na edição desta quarta-feira (13/8) do Caderno C do Jornal do Commercio.
