RESENHA

O Terno consolida seu som

Banda paulista lança seu segundo disco com pegada retrô

Alef Pontes
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Alef Pontes
Publicado em 23/08/2014 às 7:41
Willy Biondani/Divulgação
Banda paulista lança seu segundo disco com pegada retrô - FOTO: Willy Biondani/Divulgação
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Em 2012, quando lançou o seu primeiro disco, intitulado 66, no lotado Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, o trio paulista formado por Tim Bernardes (voz e guitarra), Victor Chaves (bateria) e Guilherme d’Almeida (baixo), conseguiu atrair boas e merecidas críticas, assim como cativar o público cada vez mais crescente do rock alternativo com pegada retrô. Apesar da pouca idade, a banda O Terno conseguiu conquistar seu espaço, realizando importantes apresentações e parcerias, como a gravação de duas músicas no EP Tribunal do Feicibuque, de Tom Zé. Agora, dois anos depois, eles retornaram para o mesmo auditório de estreia, nesta sexta-feira (22), para lançar o seu segundo disco.

Levando o nome do grupo, O Terno – ao contrário do que se imagina dos títulos homônimos – não surge com o intuito de apresentar o trio, mas para consolidar a sonoridade já demonstrada. Os contornos retrôs ganham mais espaço nas doze músicas do trabalho – todas autorais – que já está disponível para audição no Soundcloud.

A música que abre o trabalho, Bote ao contrário, faz uma referência ao brega oitentista. O teclado silhueta a letra enquanto fala de uma angústia passional: “Pare, você não vê que está me torturando? (...) Não faça eu querer ver você sofrer também”. Canções como Ai, ai, como eu me iludo e Eu confesso, dialogam com o blues psicodélico e MPB de Tom Zé e Caetano, sem tirar os pés do contexto do rock indie. “Eu confesso que gosto das moças do bairro onde moro, do estilo indie hippie retrô brasileiro, que habitam os bares e ruas daqui”.

Já músicas como O cinza e Vanguarda, trazem uma pegada mais pesada de rock, apostando em acordes sujos e distorções para falar de conflitos da vivência moderna, seja do universo urbano ou musical. “Eu abro o olho, preso no meio da rua/Sinal fechado o tempo passa e nada muda/o povo corre mas não sabe bem pra onde/No fundo só querem fugir pra muito longe”, diz o refrão de O CinzaO Terno é retrô, mas também traz o melhor da nova safra do indie brasileiro.

FINANCIAMENTO

Assim como o primeiro trabalho, O Terno também está sendo lançado de forma independente, e, para isso, a banda contou com a ajuda dos fãs. Uma campanha de financiamento colaborativo foi criada no Catarse, para que os admiradores possam contribuir com os custos de prensagem do CD e do vinil. Como “recompensa” da campanha, os colaboradores podem ganhar pôsteres autografados, discos e até um show exclusivo da banda.

Confira o disco na íntegra:

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