MÚSICA

Harmonia da Bandavoou em show no Santa Isabel

Novo destaque da música em pernambuco, banda lança seu primeiro álbum

GGabriel Albuquerque
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GGabriel Albuquerque
Publicado em 15/12/2015 às 8:09
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Novo destaque da música em pernambuco, banda lança seu primeiro álbum - FOTO: Divulgação
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Formada em 2011 pelos serratalhadenses Carlos Filho e PC Silva, a Bandavoou é um dos principais destaques recentes da música pernambucana. Foram semifinalistas e eleitos a melhor banda através do voto popular no festival Pré-AMP deste ano. Em setembro, venceram o Samsung E-Festival Canção e ganharam a oportunidade de abrir o show de Milton Nascimento no Auditório do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Hoje o grupo volta ao Recife e lança , seu primeiro disco, em show às 20h no Teatro de Santa Isabel.

O álbum foi viabilizado por sistema de financiamento coletivo online. Os prêmios em dinheiro também foram investidos no trabalho. “Tentamos ser aprovados em editais, mas não conseguimos. Nós já produzíamos nossos próprios shows e o teatro estava sempre cheio, então decidimos fazer essa vaquinha virtual. Gravamos o álbum inteiro no estúdio Fábrica. Por ser nosso primeiro disco, queríamos trabalhar com os melhores profissionais da área, da mixagem à prensagem”, comenta PC Silva, voz e cordas.

Acima de tudo,  e Bandavoou envolvem sonoridades singelas e climas bucólicos. Letras sobre o amor e seus desencontros embaladas em arranjos de cordas e voz e violão. Dialoga diretamente com a nova geração da MPB pernambucana, capitaneada pelo trio Isadora Melo, Zé Manoel e Juliano Holanda. Estes dois últimos inclusive fazem participações especiais em Due e No Oco Desse Mundo e também tocam no show de hoje.

“A nossa essência ainda é mesmo a voz e violão. Dissentir, por exemplo, é voz e violão e é música porque está lá todo o sentimento que a gente quis passar”, diz.

PC Silva aponta que esse processo musical surge de forma espontânea na banda. “Quando a gente começou a compor não havia uma pretensão de ser uma banda. Também não pensávamos em ser de rock, pop, MPB ou esse tipo de coisa. As músicas foram nascendo e ganhando corpo no palco e daí a gente percebeu que já éramos uma banda e precisávamos fazer um disco”.

Ainda assim,  também bebe discretamente de outras fontes musicais. O violeiro Elomar põe sua voz rouca e penetrante na introdução de Finado Tóta. “Nós mandamos o convite e ele é um cara bem recluso. Mas depois de uns dois meses a assessoria dele respondeu, dizendo que ele aceitava, contanto que fôssemos na casa dele em Vitória da Conquista, na Bahia. Gravamos a voz dele lá”, lembra PC.

A faixa destoa das demais canções do álbum: é uma narrativa sobre um cangaceiro conduzida apenas pela voz e percussão do grupo Bongar e ataques de guitarra distorcida.

Para o músico, esse contraste é símbolo da maturação da Bandavoou. “Tínhamos 79 músicas, 25 ficaram na reta final e ficamos com 15. Precisávamos fazer o disco e dar uma amarrada entre as canções e criar uma atmosfera. A ideia é que o disco não fosse uniforme e sim mais homogêneo. Esse é o ‘nó’ do qual falamos, essa união e formas diferentes de mostrar as coisas. Uma amarração entre diversas diferenças que temos”, conclui PC Silva.

SERVIÇO

Show da Bandavoou – Hoje (15/12), às 20h30, no Teatro de Santa Isabel. Praça da República, s/nº, Santo Antônio. Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia). Informações: 3355-3323.

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