Em um dos momentos em que conversou com o público durante a apresentação que ocorreu no Chevrolet Hall, na sexta-feira (30/4), o cantor Djavan comentou que aquele era um show dedicado aos amores não correspondidos, mas também aos que estavam consagrados. Não apenas pelos aplausos que se seguiram à dedicatória dele, a plateia parece ter concordado. Era comum ver casais dançando ou escutar no meio do público pessoas dizendo frases como: "Essa vai tocar no nosso casamento" ou ainda um "Eita, essa daí...", com uma pausa que apenas sugeria as recordações atreladas às músicas do repertório.
Por falar na seleção musical da noite, o artista mostrou as canções do disco mais recente dele, Vidas pra Contar, mescladas a composições que fazem parte de outros momentos da carreira dele. Não faltaram sucessos como Eu te Devoro, Açaí, Pétala, Acelerou e Lilás. Estas foram algumas das que mais empolgaram a plateia.
O Classic Hall recebeu muitos "djafãs" naquele fim de sexta-feira (30/4). A noite começou com uma apresentação de Alex Cohen, por volta das 22h. O carioca preparou uma seleção diversificada para a abertura do evento, com músicas de artistas e bandas como Maroon 5 (Sugar), Guilherme Arantes (Planeta Água) e Queen (Love Of my Life). As pessoas também dançaram e cantaram com ele.
Djavan entrou no palco às 23h30, com a música que abre o Vidas pra Contar: Se Não Vira Jazz. As outras composições do álbum ficaram espalhadas ao longo do repertório, o que funcionou para manter o ritmo da apresentação cativante mesmo para fãs que ainda não conhecessem o trabalho atual do artista. Deste álbum, foram também selecionadas: Não é um Bolero, Encontrar-te, Vida Nordestina, Vidas pra Contar, Dona do Horizonte e Só pra Ser o Sol.
Além de convidar o público para cantar junto em vários momentos, Djavan também conversou um pouco com as pessoas que lhe assistiam. Primeiro, citou a conexão que sentia com Pernambuco, quando lembrou do tempo em que morou no bairro de Casa Amarela. Em outros trechos da apresentação, o artista falou sobre a origem de algumas composições. Foi o que ocorreu com Vida Nordestina, que o reconecta à região onde ele nasceu, e Dona do Horizonte, dedicada à mãe do artista.
O cenário também contribuiu para apresentar o contexto de cada canção, com uma espécie de instalação no fundo do palco, compostas por camadas que eram reveladas aos poucos. Uma delas tinha frases escritas, como a página de um livro ou um caderno de composições. Em outra, havia apenas uma textura, explorada com luzes de diferentes cores para criar um efeito estético.