Politicamente incorretas

Conheça 8 frevos e marchas do passado que hoje são abominadas

Antes motivo de festa e animação, estilo das marchas não é mais usado nos dias atuais

JOSÉ TELES
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JOSÉ TELES
Publicado em 05/02/2017 às 6:30
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
Antes motivo de festa e animação, estilo das marchas não é mais usado nos dias atuais - FOTO: Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
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“O teu cabelo não nega, mulata/por que és mulata na cor/mas como a cor não pega, mulata/mulata, eu quero o teu amor”, versos de O Teu Cabelo Não Nega, considerada a mais bela de todas as marchinhas carnavalescas, nos dias de hoje não seria gravada. Ela acaba de entrar no índex de um dos blocos cariocas que seguem a cartilha do politicamente correto, o que chega a ser uma incongruência, já que o Carnaval é uma festa para as exceções, onde vigora uma espécie de habeas corpus para se quebrar regras, que perde a validade na Quarta-Feira de Cinzas. Veja abaixo outras marchas famosas de outros carnavais que hoje não podem ser tocadas nas festas.

 

O Teu Cabelo Não Nega, de Lamartine Babo

“O teu cabelo não nega, mulata/por que és mulata na cor/mas como a cor não pega, mulata/mulata, eu quero o teu amor”

Pancadinhas de Amor, de René Barbosa

“Você que leva a vida a passear/e a noite ainda vai ao quem me quer/ tá enganada/se está pensando que não se bate em mulher/ isso de se dizer que em mulher não se bate nem com flor/está errado, está errado/ elas precisam de pancadinhas de amor”

Cala a Boca Menino, de Capiba

"Sempre ouvi dizer que numa mulher/Não se bate nem com uma flor/Loira ou morena, não importa a cor/Não se bate nem com uma flor./Já se acabou o tempo/Que a mulher só dizia então:/- Chô galinha, cala a boca menino/- Ai, ai, não me dê mais não"

Deixa o Homem se Virar, de Capiba

“O que é que eu vou dizer em casa/quando chegar Quarta-Feira de Cinzas/o que é que vou dizer/o que é/com este cheirinho de mulher/Eu sei que você vai propor/de novo a separação/sem saber que tudo isso vai/ contrariar o seu coração/se um dia isso se der/você vai sofrer vai chorar/e a turma do café society/ vai ter muito o que falar”

Ela sabe (primeira parte), de Gildo Branco e Reinaldo de Oliveira

“O homem tem que dar todo dia na mulher/pra ela ficar do jeitinho que ele quer/Ele pode nem saber porque está dando/mas ela sabe porque está apanhando”.

Ela sabe (segunda parte), das Irmãs Aimoré

“Sou obrigada a lhe censurar/pois a mulher foi feita pra se amar/fale quem quiser/eu não faço alarde/mas o homem que bate na mulher/é um covarde”

Serpentina Partida, de Maximiano Campos e Artur Lima Cavalcanti

"Este amor de carnaval/Durou uma canção/Foi uma serpentina partida/Que você jogou no salão"

Operação Macaco, Sebastião Lopes e Nelson Ferreira

“Dizem que em 60/negro vai virar macaco/ora, vejam só, que grande confusão/se é verdade esta operação macaco/penca de banana vai custar um milhão”

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