Show

Doralyce reencontra-se domingo com o publico de Olinda

Cantora repaginou carreira no Rio e tornou-se ativista política

JOSÉ TELES
Cadastrado por
JOSÉ TELES
Publicado em 18/02/2017 às 9:59
foto: divulgação
Cantora repaginou carreira no Rio e tornou-se ativista política - FOTO: foto: divulgação
Leitura:

Doralyce Gonzaga estava começando a carreira de cantora quando abriu um show de Ivan Lins, em 2012, no Teatro da UFPE. Na mesma época, gravou um EP e fez alguns shows em Olinda, com um repertório quase todo autoral. Dois anos depois foi para o Rio, onde se entrosou rapidamente com uma turma de artistas que iniciavam projetos na Lapa. Através de uma amiga, fez pontas na série Malhação, mas optou pela música, entrando para o Grupo Artístico Percussivo Conxitas:

 "Nunca me encaixei naquele perfil. Mas era uma oportunidade que encheu os olhos da minha família, era a oportunidade na menina negra, nordestina de ficar no Rio. Me abriu muitas portas, eu agarrei com unhas e dentes. Me deixou perto do teatro, onde eu me descobri uma nova pessoa, me descobri artista múltipla", conta Doralyce, nome artístico que adotou no Rio, porque até então era conhecida como Dora Gonzaga.

 Entre a MPB e as manifestações da cultura popular, ela passou a integrar um grupo chamado Coletivo 22, que trabalha, principalmente na Lapa, com música e teatro. Ela se apresenta amanhã, no Solar da Marquesa, em Olinda, com o grupo Quebra Coco, formado por Dinda Salú, Emerson Santana e Paulinho Ogan, uma mistura de forró de rabeca, maracatu, samba de coco e cavalo-­marinho. O show terá participações das cariocas Silvia Duffrayer (do Agytoê, bloco de Samba Reggae do RJ) e Joanna Chaves, do Filhos de Gandhi, do Rio.

 Doralyce está gravando o primeiro álbum no Rio, ao mesmo tempo em que participa de um espetáculo chamado Isso Dá Um Samba, da Gene Insanno Companhia de Teatro, que circulou no ano passado por treze favelas, e três praças do Rio de Janeiro. Mu Chebabi e Tuli Chebabi (filha dele) assinam a produção de uma das faixas do disco, Exu ou Yeshua. Já circula na internet, o primeiro single, Miss Beleza Universal, que contesta os padrões da beleza feminina.

Contestação, aliás, é a linha de Doralyce, que participou ativamente das manifestações contra o impeachment e de ocupações no Rio. Ela teve a chance de aparecer para os cariocas quando cantou, em abril do ano passado, no palco montado nos Arcos da Lapa, numa manifestação que contou com a presença do ex­presidente Lula.

 

 Show com Doralyce e o Quebra Coco, às 16h, no Solar da Marquesa, na Av. Dr. Joaquim Nabuco, 5, Varadouro, Olinda. Ingresso: R$ 10

Últimas notícias