COBERTURA

Segunda noite do Rec-Beat 2017 com ótimos shows e público receptivo

Cinco artistas conseguiram levar, de forma competente, o público do início ao fim da programação

NATHÁLIA PEREIRA
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NATHÁLIA PEREIRA
Publicado em 27/02/2017 às 5:11
Foto: Nathália Pereira/JC
Cinco artistas conseguiram levar, de forma competente, o público do início ao fim da programação - FOTO: Foto: Nathália Pereira/JC
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Continuando o clima de shows bem arrematados iniciado no sábado, o festival Rec-Beat 2017 fez do domingo (26) no Cais da Alfândega uma noite de belas apresentações. Depois da programação infantil do RecBitinho, que acontece na área interna do shopping Paço Alfândega, foi  a vez de grupos locais, nacionais e gringos prenderam a atenção dos adultos.

Os primeiros a aparecer foram os pernambucanos da banda Marsa, apresentando repertório focado no álbum de estreia, Circular Movimento, lançado em agosto passado. A faixa homônima ao disco, aliás, foi uma das primeiras a ser tocada. Destaque para as performances em Tarcísio, sexta faixa do disco, e Vermelhos, a terceira, além das percussões de Rodrigo Félix. Banda entrosada e público receptivo aos momentos mais intimistas.

Já a cantora e atriz Dani Nega chegou junto ao DJ Craca e o Dispositivo Tralha, mesclando negritude, feminismo, rap, música eletrônica e efeitos visuais. Com boa presença de palco, Dani ironizou protestos de bate-panela, vestindo uma camisa da Seleção Brasileira de Futebol, saudou o orgulho em se afirmar negra, e mandou o recado direito às mulheres: “nascemos unidas e fomos separadas no pós-parto, porque sabiam do nosso poder juntas”.

#OMelhorCarnaval Craca e Dani Nega (SP) levam seu som politizado ao palco do festival Rec-Beat 2017. #recbeat #recbeat2017

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Em seguida, vindos do Chile, os Negros de Harvar se mostraram à vontade com sua pegada swingada em solo brasileiro. “Recife é massa”, disparou o vocalista.

Certamente o artista mais aguardado pelos fãs presentes, o paulistano Rashid fez com que boa parte dos que ainda circulavam do meio para o fim do espaço se aglomerassem frente ao palco para assistir ao show de A Coragem da Luz, primeiro álbum do rapper em mais de dez anos de carreira. Como um legítimo mestre de cerimônias, o MC apostou de pedidos por paz e respeito às diferenças a um “Fora, Temer” com direito a beats do DJ. 

Vestido com uma camisa estampando a bandeira de Pernambuco, presente dos fãs que o aguardaram no aeroporto, ele saudou a música feita no Estado, “de Chico Science & Nação Zumbi (improvisando os famosos gritos da versão da banda para Maracatu Atômico) a Diomedes Chinaski”, rapper da nova safra recifense.

Para fechar a noite, os argentinos da Morbo Y Mambo misturaram jazz e rock instrumentais, começando levemente tímidos e terminando fortemente aplaudidos. O som experimental, ora mais grooveado, ora mais pesado, conquistou o público que permaneceu quase o mesmo do início ao fim da noite. Aproveitando o caminho aberto pelos outros lançaram um “Fora Temer, Fora Trump e viva à América Latina”.

SEGUNDA-FEIRA

A segunda-feira ainda será de muitos shows no Rec-Beat, mais uma vez começando com espaço para os pequenos. A partir das 15h, se apresentam no RecBitinho Cordel Animado e Cia Fátima Freitas (caboclinho).

Depois, com início às 20h, será a vez de Dez Mona (Bélgica), Vitor Araújo (PE), La Dame Blance (Cuba), As Bahias e a Cozinha Mineira (SP) e Los Pirañas (Colombia).

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