A terça-feira gorda traz consigo os primeiros “até logo” do carnaval, mas, em última instância, eles aconteceram de maneira triste, muito menos pelas áreas do Recife Antigo, onde suas ruas continuaram lotadas de foliões e blocos animadíssimos por toda a tarde e início da noite.
A Rua da Guia e a Rua Domingos José Martins foram os locais que tiveram o maior número de bloco líricos, nações de maracatus, orquestras de frevo e, consequentemente, de foliões. Mesmo com o problema de que eles não mantiveram uma frequência de apresentações musicais para que as pessoas pudessem acompanhá-los por um trajeto extenso, os grupos animaram toda a variedade de pessoas que lá estavam.
A festa continua
É indiscutível que a Praça do Arsenal foi o grande ponto de encontro dos festejos, tanto por haver polos de gastronomia e artesanato que traziam mais público para o ambiente central do local, quanto pela trajetória que cada bloco percorreu, acabando em uma abalroação singular, com direito a todas as alegrias e confusões comumente ao tradicional e grandioso carnaval de rua.
Uma das poucas certezas que a terça-feira deixou, junto com o Carnaval de 2017, foi que aquele clima que tomava conta da tarde e início da noite não era de fim de festa, pelo contrário, as crianças jogavam confetes em quem passava, os trompetistas sopravam e coreografavam, os passistas pulavam e dançavam até mais do que as câmeras dos turistas mais empolgados podiam fotografar, tudo como se ainda houvesse mais uma semana de festejos de Momo.