Instrumental

Aurora Instrumental abrindo espaço para o músico local

A primeira etapa do projeto acontece até junho

JOSÉ TELES
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JOSÉ TELES
Publicado em 18/04/2018 às 13:07
fofo: Edson Acioli/Divulgação
A primeira etapa do projeto acontece até junho - FOTO: fofo: Edson Acioli/Divulgação
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O Spok Quinteto inicia hoje, às 19h30, o projeto Aurora Instrumental, que terá concertos no Teatro Arraial sempre às quartas-feiras, no mesmo horário, até 20 de junho. O curador, e diretor musical do Aurora Instrumental é o também músico Gilú Amaral. “A gente buscou fazer uma curadoria mais plural, que refletisse essa força notória da música instrumental e reunisse diversas escolas, como Spok, que é um músico mais experiente, uma referência como saxofonista e arranjador. Ele conseguiu ter uma força de penetração com o frevo, levou esse ritmo a outros patamares e para ser ouvido em outros espaços”, comenta.

Realizado com recursos do Funcultura, o Aurora Instrumental terá 20 concertos, apresentados em duas temporadas, com nomes já consagrados na música pernambucana. É o caso de Zé da Flauta, que apresentará o repertório do seu ultimo disco, Psicoativo, seu trabalho mais rock and roll, com a flauta à frente das guitarras. O projeto também trará músicos com menos tempo de estrada mas caminhando rapidamente para o reconhecimento, como acontece com o pianista Amaro Freitas, cujo primeiro álbum esteve em quase todas as listas de melhores do ano nos principais jornais do país.

Para o maestro Spok, o Aurora Instrumental merece todos os aplausos por abrir um espaço para o músico pernambucano: “O Recife é um lugar de poucos espaço para o instrumental. A gente para tocar tem que sair daqui. Com a Spokfrevo só toquei este ano no Carnaval, mas um concerto mesmo da orquestra, nem lembro quando foi o último. E está cada vez pior sair do estado, principalmente quando se viaja com muitos
músicos”, comenta o maestro.

Ele se apresenta hoje com um quinteto formado por Adelson Silva (bateria), Renato Bandeira (guitarra), Helio Silva (baixo) e Júlio César (acordeom): “A música que tocamos posso dizer que é linguagem pernambucana. Claro que tem frevo, mas tem baião, ciranda, caboclinho e maracatu”. As atrações são todas de músicos que atuam em Pernambuco, como Henrique Albino Trio, Rivotrill, Hugo Linns, Quartetubas, o violonista Vinicius Sarmento e o já citado Zé da Flauta – que já tocou com várias gerações da música pernambucana, passou pelo udigrudi dos anos 1970, integrou o Quinteto Violado, a banda de Alceu Valença e ainda produziu muita gente.

OUTROS

Mas a programação contempla também o interior do Estado, trazendo de Caruaru para fechar a primeira etapa do projeto com a badalada banda de pífanos Zé do Estado, que se apresentará com Anderson do Pife.
Gilú Amaral acena para a possibilidade de, na próxima edição, o Aurora Instrumental estender-se a outros estados. “Nessa primeira edição, a gente concentrou a programação em Pernambuco. Mas a proposta do Aurora é levar o circuito para outros lugares, e a grade também vai aos poucos abrir para músicos de outros estados e internacionais para promover esse intercâmbio”, anima-se.

lSpok Quinteto no Aurora Instrumental – hoje, às 19h30, no Teatro Arraial Ariano Suassuna (Rua da
Aurora, 457, Boa Vista). Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia).

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