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Comédia é a a maior aliada do cinema nacional

Cada vez mais a comédia nacional conquista seu devido espaço no mercado nacional.

Do JC Online
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Publicado em 22/08/2011 às 4:00
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Levar a vida a sério é a maior roubada, diz o filme Não se preocupe, nada vai dar certo. E os produtores de cinema brasileiros estão levando a sério o conselho. Sem trocadilhos, pois sério, e certo, é que cada vez mais a comédia nacional conquista seu devido espaço no mercado nacional. Em tempos em que Se fosse você (1 e 2, de 2006 e 2009) foram vistos no cinema por quase dez milhões de pessoas, pode ter cheiro de reprise dizer que a comédia brasileira afirma (ou retoma) seu espaço no competitivo território do market share (a ocupação das salas e do mercado) brasileiro. Mas em um ano como 2011, no qual, somente no primeiro semestre, mais de 7 milhões foram ao cinema ver quatro comédias nacionais, a estreia sexta-feira passada de Onde está a felicidade? Coroa 2011 como O Ano da Comédia.
É fato que 2009 já havia sido um ano de ouro, com a trinca A mulher invisível, Os normais 2, Divã e Se Eu fosse você 2, mas o que se destaca nesta nova safra é a continuação e a variedade da produtividade. Depois de um inexpressivo 2010, em que Tropa de Elite 2 reinou nas salas, 2011 começou com De pernas para o ar (3,5 milhões) e Muita calma nessa hora (1,4 milhão); seguiu com Qualquer gato vira-lata (1,2 milhão) , Cilada.com (2,8 milhão), Não Se preocupe, nada vai dar certo (200 mil); e prossegue com Onde está a felicidade?“Os números ainda podem crescer. Não se preocupe e Cilada.com ainda estão em cartaz. O felicidade é incógnita, mas estamos otimistas. Ganhou o prêmio do público no Festival de Paulínia, que foi uma surpresa linda, diz Carlos Eduardo Rodrigues, diretor da Globo Filmes, coprodutora do filme dirigido por Carlos Alberto Riccelli e escrito e estrelado por Bruna Lombardi.
Interessante é observar que, em geral, o cinema nacional deixava junho e julho, os meses das férias, para que o cinema estrangeiro ocupasse as salas neste período estratégico. Cadu acrescenta: “Só o Renato Aragão ousava enfrentar o cinema americano nas férias. Neste ano, isso mudou. O gato, Cilada e Assalto ao Banco Central fizeram frente à competição e tiveram tanto público quanto qualquer filme internacional.” E mais vem por aí. Em breve chegam às telas O homem do futuro, de Claudio Torres, e Família vende tudo, de Alain Fresnot.
Para conquistar e manter esse mercado, a aposta está no profissionalismo e no ‘giro de produção’. “Quanto mais produção para abastecer esse mercado com qualidade, melhor para todos. O resultado que colhemos é fruto da profissionalização do setor”, avalia LG Tubaldini Jr., um dos produtores de Qualquer gato.

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