CRÍTICA

Velozes e furiosos 7 faz cerimônia de adeus para Paul Walker

Longa-metragem estreia nesta quinta-feira (02/04)

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 02/04/2015 às 6:00
Universal Pictures/Divulgação
Longa-metragem estreia nesta quinta-feira (02/04) - FOTO: Universal Pictures/Divulgação
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A morte de Paul Walker, em novembro de 2013, quase impediu a realização de Velozes e furiosos 7. Menos de um ano e meio depois do desaparecimento do ator, o último rebento de uma das bem-sucedidas franquias hollywoodianas estreia hoje no Brasil e em vários países. Para ser finalizado, os produtores e o diretor James Wan, recém-chegado à série, recorreram aos irmãos do ator – que serviram de dublês – e à tecnologia para manter a presença dele do início ao fim do filme.

Esta não é primeira vez que um ator tem a imagem replicada digitalmente depois de morto. Em 1999, Ridley Scott foi obrigado a reconstruir o rosto do ator Oliver Reed, que morreu antes do fim das filmagens de Gladiador. Esta semana, os herdeiros de Robin Williams divulgaram o testamento do pai, no qual o ator impede que a sua imagem seja manipulada pelos próximos 25 anos.

Impossível detectar, pelo menos enquanto se assiste ao filme, em que cena Paul Walker é o ator de carne e osso ou a sua contrafação digital. A mágica de James Wan é tão bem feita que isso é o que importa menos ao se assistir a Velozes e furiosos 7. A verdade é que a morte do ator fez com que o filme ganhasse uma carga emotiva que nunca estivera presente na franquia. Claro, o filme é dedicado a ele e há todo um clima em torno do destino de Brian, o personagem de Paul.

Independente disso – ou justamente por causa da morte do ator –, o filme transformou-se no mais esperado e satisfatório da série. Com a adição de Wan – um diretor de talento reconhecido, com já demonstrou no terror Invocação do mal –, Velozes e furiosos 7 é uma coleção de cena de ação dantescas, que poderiam ter sido feitas para a franquia Missão: impossível.

A história se resume a poucas linhas: o time chefiado por Dominic Toretto (Vin Diesel) é contratado por um agente do governo para resgatar um software, desenvolvido por uma hacker e conhecido como “o olho de Deus”, que está prestes a cair em mãos erradas. Um pouco antes de começar a missão, eles descobrem que o indestrutível Deckard Shaw, irmão de Owen (Luke Evans), o vilão do filme anterior, jurou vingança e foi atrás de cada membro do grupo. Nas primeiras cenas, Shaw manda o agente Hobbs (Dwayne Johnson) direto para o hospital, além de destruir as instalações do FBI e a residência de Brian e Mia (Jordana Brewster).

Os primeiros minutos são um cartão de visitas para os fãs da franquia. Com mais de duas horas de duração, Velozes e furiosos 7 não deixa o espectador respirar, com exceção das cenas em que Roman (Tyrese Gibson) faz graça. A adrenalina vai a níveis estratosféricos em várias cenas impossíveis: o carro que atravessa três torres nos Emirados Árabes Unidos, a escapada de Brian de cima de um ônibus prestes a cair num desfiladeiro e a briga das gatas Michelle Rodriguez e Ronda Rousey.

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