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Mundo Livre S/A com novo baixista hoje no Centro de Convenções

A banda divide palco pela primeira vez com a Legião Urbana

JOSÉ TELES
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JOSÉ TELES
Publicado em 27/05/2016 às 3:43
foto: Divulgação/Felipe martins
A banda divide palco pela primeira vez com a Legião Urbana - FOTO: foto: Divulgação/Felipe martins
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Os shows da Legião Urbana XXX Anos, e da Mundo Livre S/A, hoje, no pavilhão do Centro de Convenções, é daqueles em que clichês podem ser empregados para defini­lo. Um encontro de ícones, o primeiro da geração dos anos 80, a banda que traduziu o pensamento dos jovens de sua geração em canções de angústia, perplexidades e romantismo. A segunda foi pivô, com a Chico Science & Nação Zumbi, de uma reviravolta na MPB, tendo como marco zero o manifesto do movimento Manguebeat (ou manguebit) nos anos 90.

Pela primeira vez as duas bandas dividem o mesmo palco: "Eu tive uns poucos encontros com Dado, uma vez num show no Rio, ele se juntou à gente e tocou cavaquinho comigo, mas não passou disto", diz Fred Zeroquatro, que ao lado do irmão e baterista Tony é o único remanescente da banda daquela época. Ontem Zeroquatro foi surpreendido por um telefonema de Villa­Lobos, que estava em João Pessoa, onde a Legião Urbana se apresentou. "Ele ligou, mas não reconheci a voz. Logo em seguida me mandou um MSN. Queria combinar a entrada das bandas.Ficou acertado que a Mundo Livre deveria fechar a noite, com um show de 45 minutos. Dado perguntou se eu preferia abrir, já que o show da Legião é muito longo. Optei por abrir já pois eles tocam durante três horas", comentou.

Zeroquatro que sabe que a MLSA terá um público pequeno quando começar a apresentação (às 22h30). O grosso da plateia será formado por fãs da Legião Urbana, tanto os que conheceram a banda nos anos 80 quanto os que nasceram depois do grupo ter acabado: "Claro que a maioria da galera vai ver a Legião, uma turma mais velho, e muita gente bem jovem, que nunca viu a banda. Mas sei também que tem uma galera que quer ver a Mundo Livre. Ando muito pela cidade, vivo o cotidiano do Recife, as pessoas tem me abordado dizendo que vai ao show".

Por isto foi que o quarteto decidiu não simplificar o repertório da turnê do DVD Mangue Bit ao Vivo (Coqueiro Verde). Para a banda será um show especial: o primeiro com o novo baixista Pedro Diniz, substituto de Walter Areia, que tocou no grupo durante 13 anos e deixou a banda no início de maio para morar em Portugal. Pedro Diniz, ou Pedro Rasta, mora em São Paulo. Ele assina a produção e arranjos de sopros de Imorrível, o novo disco do pernambucano Di Melo, um artista que virou cult para uma legião de fãs recifenses.

"Não vamos alterar o repertório da turnê porque entrou um novo baixista. Passamos o DVD para ele executar, os arranjos são os mesmos. Ele tem plena consciência de que está entrando numa banda que já tem dois prêmios APCA, nove discos, ele não vai alterar os rumos musicais da banda, mas estimulamos a que ele traga o máximo de ideias criativas, experimentais. O estilo de Pedro Diniz é um troço que a gente só vai perceber depois dos próximos discos", comenta Fred Zeroquatro.

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