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O Grande Encontro é sucesso nacional há duas décadas

Alceu, Elba e Geraldo renovam repertório para quarta edição do projeto

JOSÉ TELES
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JOSÉ TELES
Publicado em 02/12/2016 às 15:43
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Alceu, Elba e Geraldo renovam repertório para quarta edição do projeto - FOTO: foto: divulgação
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Paranambuco in Concert, o título, no então influente Jornal do Brasil, da matéria sobre a estreia da turnê O Grande Encontro, em 1º de novembro de 1996. Alceu Valença, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho, dois paraibanos e dois pernambucanos ocupando o palco do Canecão, em Botafogo. O Jornal do Brasil deixou de circular como jornal impresso em 2010, mesmo ano em que o Canecão fechou as portas. O encontro dos parambucanos duas décadas depois está de volta, agora com Alceu, Elba e Geraldinho. Mais uma vez estreou no Rio, no Metropolitan, no final de agosto, gravou DVD, no Teatro Net, em São Paulo, e aterrissa hoje, no Classic Hall, com formato diferente, não apenas no grupo (com um Paraibano a menos, Zé Ramalho), e com uma banda (o anterior tinha apenas os cantores e seus violões).

Há vinte anos ainda havia um ranço sutil em relação aos nordestinos, em compensação todos os gêneros eram bem-vindos. O Grande Encontro estreou no Rio, numa semana que oferecia shows do SPC, Baba Cósmica, Moreira da Silva, enquanto o Metropolitan anunciava uma programação heterodoxa com Xuxa, Tiririca, Barão Vermelho e Cidade Negra. O predomínio dois ou três estilos populares no rádio e TV talvez seja a razão das plateias lotadas para assistir ao Grande Encontro: “Tem vindo um público muito novo, com talvez 40% de pessoas que viram o primeiro Grande Encontro, mas a a participação é talvez maior”, comenta Alceu Valença.

Ele volta a participar do quatro encontro dos “pernambucanos”. Ele ficou fora das turnês de 1997 e 2000, O Grande Encontro foi formado então por Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho: “O primeiro grande encontro foi aquele sucesso. No segundo, sai da RCA e e acabei na Som Livre, onde fiz um disco chamado Sol e Chuva. Então quando me chamaram para o segundo Grande Encontro, o diretor da não me deixou ir. Disse que tinha acabado de fazer um disco comigo e não iria botar azeitona na empada de ninguém. Não fui”. O diretor da Som Livre temia a concorrência do disco e DVD Grande Encontro. O primeiro registro vendeu 1 milhão de cópias, segundo se anunciou na época. O segundo ficou em torno de 400 mil.

O quarto Grande Encontro já tem DVD engatilhado para chegar às lojas em dezembro, e é registro do início do reencontro Alceu, Elba e Geraldo. Não é o caso de se por a carroça na frente dos bois, porque trio já trabalha as músicas do repertório há anos, e tocam com músicos com os quais já viajaram mais de dezessete léguas e meia: Marcos Arcanjo, Paulo Rafael (violões e guitarras), Ney Conceição (baixo), Meninão (sanfona), César Michiles (flauta), Anjo Caldas (percussão) e Cássio Cunha (bateria) : “ Gravamos no quarto show da turnê, em São Paulo. A gente tinha feito dois shows no Rio, um terceiro e gravamos no show seguinte. Foi o começo, mas o repertório já estava todo mastigado”, pondera Alceu Valença. 

Mas é certo que para a gravadora interessava ter o produto à venda antes do Natal: “Não tinha ainda amadurecido, mas ficou bom, mesmo sendo feito antes da gente cair na estrada mesmo. O repertório já estava fechado, foi roteirizado, pela gente com André Brasileiro.Em relação ao primeira a gente tem a contribuição da tecnologia, a iluminação , por exemplo, é outra coisa hoje”, diz Geraldo Azevedo. Crítico da música que domina há anos as paradas e progamações dos veículos de comunicação, Geraldiho do Grande Encontro como de resistência cultural: “Hoje tem muita coisa que não fica, é muito modismo, bla-blá-bla. falta música que permaneça”, analisa o petrolinense, que está com as gavetas repletas de canções inéditas. Parte delas formarão o repertório do disco pretende lançar em 2017.

REPERTÓRIO

Ciranda da Traição, é a música inédita de Alceu Valença no show de hoje (cantada por ele, Elba e Geraldo), enquanto O Melhor Presente é uma canção nova assinada por Geraldo Azevedo, Elba Ramalho. Tem ainda a quase inédita Só Depois e Muito Amor, parceria de Geraldo Azevedo com Abel Silva, gravada num disco dedicado a este último. No restante do repertório procura-se não repetir, na medida do possível, o primeiro Grande Encontro. Alceu, por exemplo canta O Papagaio do Futuro e do disco que dividiu com Geraldo Azevedo, em 1972, trouxe a pouco lembrada Me Dá um Beijo, enquanto Geraldo Azevedo pinçou do primeiro álbum Solo, de 40 anos atrás, a faixa Caravana. Zé Ramalho é lembrado pela primeira no show quando Elba Ramalho canta Chão de Giz (que emenda com um pot-pourri de Jackson do Pandeiro). Ao todo são 30 músicas, de um set-list iniciado com Anunciação.

Ao longo do show, o trio vai se revezando, em duos, solo, e todos juntos, e é assim que abrem e encerram. Qeu segue daqui para Fortaleza. Em seguida o Grande Encontro fará sua apresëntação apoteótica. Os Paranambucanos são a atração no mais disputado revéillon do Brasil, o do praia de Copacabana.

Show O Grande Encontro, com Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo, no Classic Hall (Avenida Agamenon Magalhães s/n), abertura dos portões 21h. Ingressos: Pista R$ 120 e R$ 60; mesa premium (quatro lugares), R$ 1.0000; mesa vip : R$ 800 (quatro lugares); camarote 1º piso (10 pessoas), R$ 1400; camarote 2º piso (dez pessoas), R$ 1.200; camarote 3º piso (dez pessoas) R$ 1.0000. Fone: 3427.7500


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