ATRASOS

Cais do Sertão completa um mês fechado com denúncia de atrasos

Motivo alegado por gestor é reforma que deveria demorar uma semana, mas funcionários estão sem receber desde fevereiro

JC Online
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Publicado em 18/04/2017 às 22:11
Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Um dos principais equipamentos culturais de Pernambuco, o Cais do Sertão está fechado desde o dia 22 de março e sem previsão concreta de reabertura.

Há pelo menos um ano o museu enfrenta problemas recorrentes em relação ao pagamento de contas, como a de energia, e do salário dos funcionários. Agora, o argumento foi o atraso em uma reforma no piso, que deveria ter durado uma semana, mas já se estende por um mês.

O problema, no entanto, é mais profundo: os trabalhadores do espaço estão desde fevereiro sem receber salário.

Quando fechou as portas de forma abrupta, no final de março, para a reforma de parte do piso, o Cais do Sertão tinha previsão de reabertura para o dia 28 daquele mês, ou seja, menos de uma semana após o início das obras. Naquela época, funcionários já denunciavam atrasos no pagamento dos salários e de benefícios como vale-refeição.

O problema persiste e, de acordo com Gilberto Freyre Neto, presidente da Fundação Gilberto Freyre, que gere o local desde janeiro de 2016, os trabalhadores estão sem receber desde fevereiro.

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Vão livre do segundo módulo do Cais do Sertão (Bairro do Recife): 56 metros de extensão sem pilares - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Obra da segunda etapa do Cais do Sertão, centro cultural no Porto do Recife, está paralisada - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Obra da segunda etapa do Cais do Sertão, centro cultural no Porto do Recife, está paralisada - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Obra da segunda etapa do Cais do Sertão, centro cultural no Porto do Recife, está paralisada - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Varanda do segundo módulo do Cais do Sertão, no Porto do Recife: obra inacabada e com poças d'água - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Obra da segunda etapa do Cais do Sertão, centro cultural no Porto do Recife, está paralisada - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Obra da segunda etapa do Cais do Sertão, centro cultural no Porto do Recife, está paralisada - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Terraço do segundo módulo do Cais do Sertão, no Porto do Recife: obra inacabada e com poças d'água - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Do terraço do segundo módulo do Cais do Sertão, no Porto, se vê o mar, Olinda e o Bairro do Recife - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Do terraço do segundo módulo do Cais do Sertão, no Porto, se vê o mar, Olinda e o Bairro do Recife - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Obra da segunda etapa do Cais do Sertão, centro cultural no Porto do Recife, está paralisada - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Obra da segunda etapa do Cais do Sertão, centro cultural no Porto do Recife, está paralisada - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Obra da segunda etapa do Cais do Sertão, centro cultural no Porto do Recife, está paralisad - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Centro Cultural no Porto do Recife terá auditório e salas generosas para exposições temporárias - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Varanda com vista para o mar e os arrecifes do Porto no segundo módulo do Cais do Sertão, no Recife - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Museu Cais do Sertão foi inaugurado em abril de 2014 no armazém 10 do Porto do Recife - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Juazeiro plantado na entrada do Museu Cais do Sertão, no Bairro do Recife, morreu e foi substituído - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Juazeiro plantado na entrada do Museu Cais do Sertão, no Bairro do Recife, morreu e foi substituído - Foto: Guga Matos/JC Imagem

"MOMENTO ECONÔMICO"

Freyre, no entanto, nega que este seja o motivo pelo qual o espaço está fechado. Segundo ele, a reforma do piso apresentou problemas e cerca de 80m² já foram substituídos, faltando cerca de 10m².

“Vivemos um momento econômico delicado, mas esforços estão sendo feitos para resolver a situação”, afirmou. Questionado sobre como, diante dessas dificuldades financeiras, ele espera levantar verba suficiente para pagar as dívidas do museu, o gestor afirma ter esperanças, pois valor equivalente já teria sido levantado anteriormente.

BUROCRACIA

Sob a gestão da Fundação Gilberto Freyre desde janeiro de 2016, selecionada em caráter emergencial após a finalização do contrato com a organização social Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), o Cais do Sertão tem despesas mensais em torno de R$ 300 mil.

De acordo com Gilberto Freyre Neto, o esquema de convênio, sob o qual está sendo gerido o museu, é demasiado burocrático, o que dificulta a prestação de contas à Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur) e, consequentemente, o repasse das verbas.

De acordo com Freyre, as obras devem seguir até o fim de semana e a ideia é que o equipamento reabra na próxima semana.

EMPETUR

Até a noite de terça (18/4), a Empetur ainda não havia se pronunciado, afirmando, porém, que se posicionaria a respeito da situação do Cais do Sertão até a manhã de hoje.

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