O musical "The Band's Visit", inspirado no filme "A Banda", e a peça "Harry Potter e a Criança Amaldiçoada", dominaram os Tony Awards, a grande premiação da Broadway.
A cerimônia foi marcada por mensagens a favor das minorias e críticas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
"The Band's Visit" venceram em 10 categorias, incluindo a de melhor musical.
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Como no filme, o musical relata a história de una banda musical da polícia egípcia que, após uma confusão, acaba no deserto israelense, onde tem um encontro inesperado com várias nacionalidades, religiões e culturas.
O triunfo do musical era algo inimaginável no início da temporada, mas o grande sucesso de críticas a "The Band's Visit", a popularidade crescente, seu tema e a mensagem política deixaram a produção em uma posição ideal para os Tony Awards.
Além de melhor musical, a produção rendeu o prêmio de melhor ator para Tony Shalhoub por sua interpretação de Toufik.
Shalhoub é conhecido pelo grande público por seu papel na série de TV "Monk", pela qual venceu um Globo de Ouro e três Emmy.
O ator dedicou o prêmio ao pai, um imigrante libanês que chegou a Nova York em 1920.
"Harry Potter e a Criança Amaldiçoada" venceu em seis categorias, incluindo melhor peça e melhor direção para John Tiffany.
"Angels in America" venceu na categoria revival de uma peça e rendeu o prêmio de melhor ator para Andrew Garfield.
De Niro é ovacionado
O consagrado ator de Hollywood Robert De Niro, 74 anos, foi aplaudido de pé no Tony Awards, após xingar o presidente americano, Donald Trump.
Vencedor do Oscar, De Niro participou do mais importante evento anual do mundo do teatro americano para anunciar uma apresentação da lenda do rock Bruce Springsteen.
"Vou dizer uma coisa - f.., Trump!", afirmou, erguendo o pulso para o alto.
A multidão reunida no Radio City Music Hall de Nova York, começou a aplaudir, até De Niro ser ovacionado de pé.
"Não é mais 'abaixo Trump', é 'f..., Trump'!", declarou, para júbilo dos presentes.
A rede de televisão CBS, que estava transmitindo o evento "ao vivo" com um "delay" de alguns segundos, censurou o xingamento de De Niro.
O ator convocou os presentes a irem votar nas eleições de meio de mandato em novembro e elogiou o cantor Bruce Springsteen por seu ativismo político.
"Bruce, você agita essa casa como ninguém", afirmou De Niro.
"Ainda mais importante nesses tempos perigosos, você agita o voto. Sempre lutando, nas suas próprias palavras, pela verdade, pela transparência e pela integridade no governo. Cara, como precisamos de você agora", completou.
Esta não foi a primeira vez que De Niro, que nasceu e mora em Nova York, atacou seu conterrâneo.
Em 2016, quando Trump era candidato à Presidência, De Niro chamou o republicano de "descaradamente burro", "totalmente maluco" e um "idiota".
Em resposta à declaração de Trump sobre como lidar com os manifestantes em um de seus comícios, De Niro comentou: "Ele quer socar o povo na cara? Eu gostaria de socá-lo na cara!".
Em 2017, em um discurso na Brown University, ele descreveu o governo Trump como uma "comédia trágica, idiota".
De Niro ganhou Oscars por seus papéis em "O Poderoso Chefão II" (coadjuvante, 1974) e "Touro indomável" (1980).