RIO DE JANEIRO

Incêndio no Museu Nacional não destruiu anexo com coleções raras

Em pavimento subterrâneo, o anexo abriga a coleção de invertebrados, que inclui material de crustáceos, esponjas e a coleção de corais do museu

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Publicado em 05/09/2018 às 3:51
Tomaz Silva/Agência Brasil
FOTO: Tomaz Silva/Agência Brasil
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O incêndio que destruiu grande parte do acervo do Museu Nacional, no último domingo (2), não atingiu o prédio anexo e o Horto Botânico, preservando importantes coleções, de acordo com pesquisadores. O fato de ser no subsolo contribuiu para que o fogo não atingisse esse prédio anexo, comunicou nessa terça-feira (4) o Museu Nacional, por meio de sua assessoria de imprensa.

Localizado ao lado do Palácio do Museu Nacional, em pavimento subterrâneo, o anexo abriga a coleção de invertebrados, que inclui material de crustáceos, esponjas e a coleção de corais do museu.

Horto Botânico

Em outro espaço de 40 mil metros quadrados, situado dentro da Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, zona norte do Rio de Janeiro, chamado Horto Botânico, está a Biblioteca Central do museu, os departamentos de Botânica e de Vertebrados, além de prédios de salas de aula e que guardam também a coleção de herbários, considerada uma das maiores da América Latina, com 550 mil itens.

No Departamento de Vertebrados, estão cerca de 460 mil itens, como mamíferos, peixes, aves, entre outros. Na Biblioteca Central, estão guardados 500 mil títulos, dos quais 1.560 são consideradas obras raras.

Agradecimentos

Em nota divulgada esta tarde, a direção do Museu Nacional agradeceu às milhares de mensagens e manifestações de apoio vindas da população do Rio de Janeiro e de todo o mundo. “Todo esse carinho só vem comprovar, mais uma vez, o lugar de destaque ocupado por nossa instituição junto à sociedade”, afirmou.

A direção mencionou também o apoio do Ministério da Educação que anunciou na segunda-feira (3) a liberação de R$ 10 milhões para a adoção de medidas emergenciais para a segurança do palácio, sede do Museu Nacional, e de R$ 5 milhões para a elaboração do projeto executivo de recuperação do equipamento.

“Agradecemos ainda à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por meio do reitor Roberto Leher, que, de forma incansável, não tem medido esforços na busca de caminhos, soluções e financiamento para a instituição”.

Balanço das perdas

A direção do Museu Nacional lamentou não poder confirmar ainda o que pode ou não ser salvo. “Sabemos que os danos foram imensos, mas ainda consideramos cedo para qualquer balanço ou diagnóstico. É importante lembrar que o Corpo de Bombeiros ainda atua no prédio e a Polícia Federal faz a perícia. Apesar da gravidade do incêndio, a esperança é enorme de encontrarmos, e recuperarmos, peças importantes para a história do Brasil e do mundo”.

De acordo com a nota, tanto a direção do museu, como seus professores, pesquisadores e funcionários “não têm medido, e não medirão, esforços para manter a instituição viva, atuante e funcionando como um dos mais importantes centros de ciência do mundo”.

Tomaz Silva/Agência Brasil
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Mauro Pimentel/AFP
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Carl de Souza/AFP
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