SUSTO

Explosão a gás destrói prédio de escritor pernambucano em Lisboa

Álvaro Filho, a esposa e os dois filhos moravam no primeiro andar do local

Da Editoria de Cultura
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Publicado em 15/08/2017 às 9:56
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Álvaro Filho, a esposa e os dois filhos moravam no primeiro andar do local - FOTO: Foto: Reprodução
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Não foi um Dia dos Pais qualquer para o jornalista e escritor Álvaro Filho, grande vencedor do IV Prêmio Pernambuco de Literatura com Curso de Escrita de Romance - Nivel II, promovido pelo Governo de Pernambuco e a editora Cepe. Ele e a esposa, a fotógrafa Líbia Florentino, passaram por um enorme susto no último domingo (13), no prédio onde viviam, em Portugal. Uma explosão a gás, iniciada com um vazamento vindo do quarto andar, destruiu o local onde os dois moravam com os dois filhos, de 14 e 2 anos de idade.

"Estamos bem, com uma boa história para contar. O trabalho agora é recomeçar. O dono do imóvel nos alojou, mas é temporário. Temos que achar outra [casa]", contou ele ao JC.

Álvaro e família não estavam em casa no momento do incidente, mas ele perdeu todos os livros que levou como parte do Prêmio Literário de Pernambuco e está pedindo ajuda ao Governo do Estado e a Cepe para que lhe mandem alguns exemplares para que possa divulgar a obra em Portugal. A explosão foi notícia nos principais jornais de Lisboa, a exemplo do Público e o Diário de Notícias

RECOMEÇO

Álvaro Filho

Álvaro, a esposa e os filhos não estavam em casa no momento

"Melhor reconstruir a vida, né" disse ele, se referindo a ter que recomeçar após as perdas que, felizmente, foram apenas materiais. Entre elas, estão as credenciais das coberturas de eventos esportivos como as Olimpíadas e os crachás de trabalho, como o do Jornal do Commercio, que não foi perdido após as explosões. "Ficou intacto", contou. 

Morando em Lisboa há 11 meses, Álvaro havia postado em sua conta no Facebook uma mensagem carinhosa dedicada ao pai, momentos antes do acontecido: "Sinta-se beijado e abraçado, um abraço de sete mil quilômetros". Ele também ressaltou a ajuda dos amigos portugueses após ter perdido a casa e os pertences. "Percebi uma grande rede de solidariedade, com pessoas oferecendo local para dormir, carros para ajudar no transporte das minhas coisas".

Também foi através das redes que ele tranquilizou a todos. "Nossa pequena Pompéia foi susto, pânico, desespero e alívio. É agora memória, uma cicatriz na vida bem vivida da gente. É escudo também, pois se passamos por isso, nada mais é capaz de nos atingir".

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