A número um mundial da cerveja, a belgo-brasileira AB InBev, anunciou nesta quarta-feira um lucro líquido em alta no primeiro trimestre, apesar de uma queda global das vendas em um mercado difícil. O lucro líquido foi de 2,29 bilhões de dólares, contra 1,42 bilhão um ano antes, o que representa um aumento de 62%.
Leia Também
O volume de negócios aumentou 6,2%, a 10,5 bilhões de dólares, indica o grupo, e o excedente bruto de exploração (Ebitda), que serve de referência para as previsões internas, cresceu 11,1%, a 3,97 bilhões de dólares.
Estes bons resultados foram bem recebidos na Bolsa de Bruxelas, onde o título subia 2,67% às 07h30 GMT, a 107,60 euros, em um mercado que operava no vermelho.
"Nossa estratégia de marcas prioritárias, combinada com uma execução exemplar disciplinada em terra, nos permitiu realizar durante o trimestre um sólido crescimento dos produtos, apesar das condições de mercado difíceis em alguns países", comentou a direção da empresa.
As receitas por hectolitro cresceram 7,5% "graças a nossas iniciativas de gestão de receitas e incentivos", explica. Isso compensou a contração das vendas de 1,2%.
No entanto, as vendas das grandes marcas mundiais do grupo cresceram 4,6%, sobretudo graças à Budweiser, que aumentou 6,2%, em particular na China e no Brasil, mas também pela Corona (+2,7%), que obteve bons resultados na Austrália, Itália e no Canadá, e Stella Artois (+1,2%), sustentada pelos Estados Unidos.
Por zonas geográficas, as vendas cresceram no México 2,1% e 10% no Brasil, apesar do contexto econômico difícil e da queda global de volumes. Na China, os resultados foram muito superiores aos do setor.
Com exceção do Canadá, nos demais mercados, em particular Argentina, Bélgica, Alemanha, Coreia do Sul ou Reino Unido, as vendas caíram.
A AB InBev não fornece nenhuma previsão para o ano, mas prevê uma melhora das vendas em Estados Unidos, México e China e, de maneira geral, espera um "crescimento orgânico de produtos por hectolitro em linha com a inflação".