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Bolsa de NY se descola dos preços do petróleo e cai após comunicado do Fed

O mercado abriu em baixa, em reação aos informes de resultados da Boeing e da Apple e acompanhando os preços do petróleo, que caíam pela manhã

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 27/01/2016 às 21:55
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O mercado abriu em baixa, em reação aos informes de resultados da Boeing e da Apple e acompanhando os preços do petróleo, que caíam pela manhã - FOTO: Foto: Marcos Santos/USP Imagens
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As bolsas dos EUA fecharam em queda nesta quarta-feira (27) depois de o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) indicar em seu comunicado que está mais preocupado com o desempenho da economia agora do que estava em dezembro, mas dar a entender que uma elevação das taxas de juro em sua próxima reunião, em março, não está descartada. O comunicado menciona a desaceleração no crescimento econômico ocorrida nos últimos meses de 2015 e nota que os investimentos das empresas em ativos fixos e os gastos do consumidor estão "crescendo a taxas moderadas nos meses recentes". O comunicado anterior, de dezembro, falava em "taxas sólidas" de crescimento nessas áreas.

O mercado abriu em baixa, em reação aos informes de resultados da Boeing e da Apple e acompanhando os preços do petróleo, que caíam pela manhã. O índice Dow Jones chegou a cair 179 pontos (1,11%). Depois de os preços do petróleo passarem a subir, em reação aos dados de estoques dos EUA na semana passada, o mercado de ações reverteu as perdas e o Dow chegou a subir 68 pontos (0,42%), apenas para voltar a cair depois da divulgação do comunicado do Fed.

Comentando o comunicado, o chefe da sucursal do MarketWatch em Washington, Steve Goldstein, escreveu que o texto "deve ser lido como um 'mea culpa'", depois da sinalização, feita em dezembro, de que haveria quatro elevações das taxas de juro em 2016. Em tom jocoso, ele escreveu: "'Quatro elevações em 2016? Ha! A economia está muito mais frágil do que nós pensávamos', parece dizer o comunicado".

"Estamos surpresos com o tamanho e a magnitude do movimento de vendas. Os investidores estão muito nervosos com a perspectiva do crescimento global, embora tenhamos visto poucas evidências, até agora, de um colapso do crescimento global", comentou o estrategista Robert Parkes, do HSBC.

Dos dez componentes setoriais do índice S&P-500, os únicos que subiram foram os de telecomunicações (+0,83%) e utilidades públicas (+0,19%), considerados mais defensivos. Os que mais caíram foram os de tecnologia (-2,46%), bens de consumo não essenciais (-1,51%), serviços de saúde (-1,10%) e indústrias (-1,09%); o de energia caiu 0,64% e o financeiro recuou 0,39%.

Entre as componentes do Dow Jones, os destaques negativos foram Boeing (-8,93%) e Apple (-6,57%), em reação a seus informes de resultados do quarto trimestre. As da United Technologies, que também divulgou balanço, subiram 0,19%. Apesar da alta dos preços do petróleo, as ações da ExxonMobil caíram 1,84% e as da Chevron recuaram 0,99%.

Outros destaques entre as empresas que divulgaram resultados foram General Dynamics (+1,27%), AT&T (+0,23%), Biogen (+5,15%) e State Street (-7,19%). Entre as ações de empresas que divulgariam resultados hoje após o fechamento do mercado, os destaques foram eBay (+0,86%), Facebook (-2,97%), Murphy Oil (+2,43%), Qualcomm (-2,04%) e Texas Instruments (-0,06%). As ações da Netflix caíram 6,83%, depois de a Telkom, maior provedora de serviços de telecomunicações da Indonésia, bloquear o acesso a seus serviços no país, alegando que a empresa não tem permissão para operar como provedora de conteúdo.

O índice Dow Jones fechou em queda de 222,77 pontos (1,38%), em 15.944,46 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 99,50 pontos (2,18%), em 4.468,17 pontos. O S&P-500 fechou em queda de 20,68 pontos (1,09%), em 1.882,95 pontos.

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