O juiz argentino Sebastián Casanello, encarregado da investigação sobre o envolvimento do presidente da Argentina, Mauricio Macri, no caso Panama Papers, pediu que seja realizada uma análise comparativa entre declarações de bens apresentadas pelo líder entre 2013 e 2015, quando atuava como prefeito de Buenos Aires.
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Segundo o jornal local La Nacion, o principal objetivo do magistrado é verificar se existem "contradições" e, em caso positivo, suas possíveis causas. Casanello investiga denúncias de pessoas ligadas aos ex-presidentes da era Kirchner - Néstor e Cristina - de "omissão maliciosa de bens" por parte do presidente.
Histórico
Segundo os documentos revelados pelo Panama Papers, Macri atuou como diretor da empresa offshore Fleg Trading entre 1998 e 2008. Macri defende que sua participação na empresa, uma iniciativa de seu pai, Franco, foi legal e sem irregularidades. Enquanto uma de suas maiores bandeiras é o fim da corrupção no governo, Macri diz que "não tem nada para ocultar".
No âmbito da investigação, ele anunciou que seus bens serão administrados por "um conjunto de pessoas independentes", algo inédito na história da Argentina.