A economia americana continuou com uma robusta criação de empregos em julho, o que levou o índice de desemprego a níveis mais baixos, com as contratações em restaurantes e serviços de saúde.
A maior economia mundial agregou 209 mil novos postos no último mês, muito acima das previsões dos analistas, enquanto a taxa de desemprego caiu um décimo para ficar em 4,3%, a mesma de maio.
"Números de emprego excelentes. E está só começando", celebrou imediatamente no Twitter o presidente Donald Trump. "Muitas regulamentações sufocantes continuam caindo. Os Estados Unidos voltam a se mover!", completou. A remuneração por hora manteve seu progresso contínuo ao aumentar 2,5% em 12 meses, como no mês passado.
O bom resultado do relatório poderia abrir o caminho para o Fed, o banco central americano, realizar um terceiro aumento da taxa de juros neste ano. Essa nova alta tem sido adiada por causa da reduzida pressão inflacionária.
Apesar da força inesperada, o crescimento dos empregos em julho foi menor que no mês anterior - segundo dados revisados para cima, foram 231 mil novos postos de trabalho em junho - e bem menor que julho de 2016, com 291 mil.
Os restaurantes criaram 53 mil novos empregos e, nos últimos 12 meses, esse setor gerou 313 mil novas vagas.
O setor de atenção médica ambulatória criou 30 mil empregos, mas o industrial, que inclui construção e mineração, ficou estagnado no último mês.
A taxa de participação no mercado de trabalho subiu 0,1%, a 62,9%, mas manteve a estabilidade na soma de 12 meses. A quantidade de desempregados ficou estável em 7 milhões. O volume de novos empregos foi absorvido por entradas no mercado do trabalho. O número de trabalhadores com empregos de meio período continua alto, 5,3 milhões.
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Longe da crise
Também nesta sexta, o centro Brookings Institution divulgou um relatório que destaca que o mercado de trabalho mostra que os Estados Unidos conseguiram finalmente se recuperar dos danos crise financeira mundial de 2008 e 2009.
Os números mostram que 16 milhões de empregos novos foram criados nos últimos sete anos, duplicando os postos de trabalho perdidos na recessão, segundo dados do Departamento de Trabalho. Contudo, o dado não leva em conta mudanças demográficas, como o crescimento da população e o crescente número de aposentados, alertou a Brookings.
"Pelos nossos cálculos, a quase uma década do início da recessão, o emprego, ajustado demograficamente, voltou ao seu nível pré-recessão. Isso não significa que todo o dano provocado pela crise se dissipou, nem que a economia alcançou o pleno emprego", concluiu.