O presidente Donald Trump atacou a Amazon, nesta quarta-feira (16), e afirmou que a gigante digital prejudica outras varejistas e acaba com vagas de trabalho.
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Trump, que já criticou a Amazon antes, não citou nenhum fato específico para sustentar seu argumento. Ele lançou a tirada no começo desta manhã no Twitter, enquanto era atacado por culpar "os dois lados" após a morte de uma manifestante durante uma passeata supremacista branca neste fim de semana, na Virgínia.
"A Amazon está prejudicando as varejistas contribuintes", escreveu Trump.
"Vilas, cidades e estados pelos EUA estão sofrendo - muitos empregos são perdidos", acrescentou.
Pareceu que Trump quis reviver uma discussão sobre uma vantagem injusta da Amazon sobre outros varejistas, por evitar os impostos de vendas. Contudo, a gigante online já aceitou pagar impostos locais sobre vendas em todos os estados americanos nos últimos anos.
De acordo com o site de checagem de fatos Politifact, a Amazon pagou, no ano passado, 412 milhões de dólares em impostos federais, estaduais e locais nos Estados Unidos, além de tributos no exterior.
A empresa foi culpada pelos prejuízos de tradicionais varejistas, apesar de muitos especialistas apontarem outros fatores que influenciaram esse setor.
A Amazon também diversificou seus negócios e, mais do que uma grande varejista, hoje investe no universo digital, com computação em nuvem, vídeos on-line e outros serviços.
Em janeiro, a Amazon anunciou o plano de criar mais de 100 mil vagas de emprego nos Estados Unidos nos 18 meses seguintes.
Durante a campanha eleitoral, Trump disse que a Amazon teria de enfrentar "um enorme problema antitruste", provavelmente por causa de sua posição no negócio.
O presidente americano também afirmou que o fundador da empresa Jeff Bezos comprou o jornal The Washington Post para fazer lobby a favor da Amazon.
A Amazon não respondeu imediatamente ao pedido da AFP para comentar o tuíte do presidente.
Nesta semana, vários líderes empresariais deixaram conselhos da Casa Branca, criticando o presidente por não ter se posicionado contra os crimes de violência racial mais rapidamente.