A Bulgária, que acaba de assumir a presidência rotativa da União Europeia anunciou nesta quinta-feira (11) sua intenção de lançar, no primeiro semestre de 2018, o procedimento para entrar na zona do euro.
"Apresentaremos nossa candidatura provavelmente no primeiro semestre ante o Banco Central Europeu (BCE), declarou o ministro de Finanças, Vladislav Goranov, durante coletiva de imprensa em Sofia.
O país da antiga zona de influência soviética, membro da UE desde 2007, deve no primeiro momento conseguir integrar o mecanismo europeu de taxas de câmbio ERM2, antes da adoção da moeda única, hoje compartilhada por 19 países do bloco.
O sistema ERM2 prevê que a evolução das taxas da moeda nacional de um país candidato se mantenham em uma faixa de pelo menos 15% durante os dois anos anteriores à adoção do euro.
O país menos rico da UE aplica, há 20 anos, um regime de austeridade. Sua moeda atual, o lev, tem uma taxa de câmbio fixa em relação ao euro.
Esse sistema permite manter índices macroeconômicos estáveis, entre eles uma das dívidas públicas mais baixas da Europa, de 26,8% do PIB
"A Bulgária tem uma divisa estável, crescimento de 4%, baixa taxa de desemprego. Estamos prontos para entrar na antessala do euro", apontou o primeiro-ministro, Boiko Borisov, durante a mesma entrevista.
Uma adesão à zona do euro permitiria reduzir "os riscos para a Europa", já que a Bulgária poderia "convergir mais rapidamente" com seus sócios europeus e "reduziria a pressão migratória" para a Europa ocidental.