Em queda livre durante várias semanas, o bitcoin continuou despencando nesta terça-feira (6), arrastado por uma série de más notícias para a moeda virtual, e se situava abaixo dos US$ 6,4 mil, muito longe do teto de US$ 20 mil em dezembro passado.
Por volta de 1h (horário de Brasília), a moeda virtual estava sendo cotada a 6.330 dólares, seu valor mais baixo desde novembro, contra 8.550 dólares na segunda-feira (5).
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"É preciso ver, por trás deste movimento, o endurecimento regulatório e o fato de os investidores perderem confiança" nas moedas virtuais, especialmente depois da pirataria da plataforma de intercâmbio japonesa Coincheck, disse à AFP Stephen Innes, responsável pelas transações Ásia-Pacífico em Oanda, uma companhia de serviços financeiros especializada no mercado de divisas.
Em 26 de janeiro, a Coincheck perdeu o equivalente a US$ 530 milhões em pirataria de ativos da divisa virtual NEM. Foi o maior roubo na história das criptomoedas.
A semana passada foi "a pior semana para o bitcoin desde janeiro de 2015", de acordo com especialistas da Mirabaud Securities, que fica em Genebra.
As autoridades monetárias e os atores financeiros no mundo endureceram suas posturas nos últimos dias em relação às moedas virtuais.
Depois do roubo na Coincheck, o ministro japonês das Finanças, Taro Aso, admitiu que seu governo "precisa reforçar a supervisão". Também disse que "faltaram (à plataforma) conhecimentos básicos e bom senso".