TARIFAS

EUA espera falar em breve com Brasil sobre possível isenção de tarifas

As tarifas entram em vigor nesta semana. Os países que ainda estão dialogando sobre uma possível isenção não deverão apagar até que haja um posicionamento definitivo

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Publicado em 21/03/2018 às 12:40
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As tarifas entram em vigor nesta semana. Os países que ainda estão dialogando sobre uma possível isenção não deverão apagar até que haja um posicionamento definitivo - FOTO: Foto: Divulgação/Twitter do presidente Michel Temer
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O representante de Comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, afirmou nesta quarta-feira (21) que o governo do presidente Donald Trump espera dialogar em breve com o Brasil sobre uma possível isenção nas tarifas à importação de aço e alumínio, que entram em vigor nesta semana. Lighthizer citou o País enquanto atualizava os membros do Comitê de Meios e Medidas da Câmara dos Representantes sobre a situação do diálogo com várias nações sobre o tema. Ainda segundo ele, os países em negociação sobre as tarifas não terão de pagá-las, até o fim desse diálogo.

A autoridade americana confirmou que o Canadá e o México, parceiros dos EUA no Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês), podem ser excluídos das tarifas, que entram em vigor nesta semana. Ele também disse que a Coreia do Sul está em situação similar aos dois países do Nafta, em relação ao tema. Os EUA também têm dialogado com Austrália, Argentina e União Europeia sobe possíveis isenções tarifárias, acrescentou Lighthizer.

O representante de Comércio dos EUA afirmou também que a Organização Mundial de Comércio (OMC) é um foro "completamente inadequado" para lidar com a China, uma economia dominada pelo Estado. Ele informou que uma decisão sobre o comércio com o país deve sair "no futuro muito próximo" e que as tarifas contra os chineses devem ser voltadas a pressionar Pequim e a limitar prejuízos para os próprios EUA. Autoridades americanas preparam tarifas contra a China pelo suposto roubo de propriedade intelectual. O esforço contra a China é fruto de uma investigação de meses do governo Trump sobre as práticas chinesas relativas à propriedade intelectual. Essa apuração concluiu que os dados às empresas americanas por causa da transferência forçada de tecnologia fica em US$ 30 bilhões ao ano. As penalidades potenciais são tarifas e restrições a investimentos, disse a autoridade.

Lighthizer comentou ainda que houve "um grande progresso" na renegociação do Nafta. Segundo ele, porém, ainda há um caminho pela frente para que os EUA possam estar satisfeitos com o acordo. Trump ameaçou várias vezes abandonar o tratado, caso não o julgue mais interessante para seu país.

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