O representante de Comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, afirmou nesta quarta-feira (21) que o governo do presidente Donald Trump espera dialogar em breve com o Brasil sobre uma possível isenção nas tarifas à importação de aço e alumínio, que entram em vigor nesta semana. Lighthizer citou o País enquanto atualizava os membros do Comitê de Meios e Medidas da Câmara dos Representantes sobre a situação do diálogo com várias nações sobre o tema. Ainda segundo ele, os países em negociação sobre as tarifas não terão de pagá-las, até o fim desse diálogo.
A autoridade americana confirmou que o Canadá e o México, parceiros dos EUA no Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês), podem ser excluídos das tarifas, que entram em vigor nesta semana. Ele também disse que a Coreia do Sul está em situação similar aos dois países do Nafta, em relação ao tema. Os EUA também têm dialogado com Austrália, Argentina e União Europeia sobe possíveis isenções tarifárias, acrescentou Lighthizer.
O representante de Comércio dos EUA afirmou também que a Organização Mundial de Comércio (OMC) é um foro "completamente inadequado" para lidar com a China, uma economia dominada pelo Estado. Ele informou que uma decisão sobre o comércio com o país deve sair "no futuro muito próximo" e que as tarifas contra os chineses devem ser voltadas a pressionar Pequim e a limitar prejuízos para os próprios EUA. Autoridades americanas preparam tarifas contra a China pelo suposto roubo de propriedade intelectual. O esforço contra a China é fruto de uma investigação de meses do governo Trump sobre as práticas chinesas relativas à propriedade intelectual. Essa apuração concluiu que os dados às empresas americanas por causa da transferência forçada de tecnologia fica em US$ 30 bilhões ao ano. As penalidades potenciais são tarifas e restrições a investimentos, disse a autoridade.
Lighthizer comentou ainda que houve "um grande progresso" na renegociação do Nafta. Segundo ele, porém, ainda há um caminho pela frente para que os EUA possam estar satisfeitos com o acordo. Trump ameaçou várias vezes abandonar o tratado, caso não o julgue mais interessante para seu país.