Investigações

Suspeita de ser pirâmide, Multiclick reconhece problemas em pagamentos

Presidente da empresa que diz ter sido vítima de corrupção dentro da própria empresa

JC Online
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Publicado em 18/09/2013 às 0:46
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Uma das primeiras investigadas na recente onda de pirâmides financeiras do País, a Multiclick Brasil não precisou de bloqueio judicial para suspender o pagamento de vários dos 300 mil cadastrados que diz ter. Em meio a cobranças por redes sociais e sites como o Reclame Aqui, o presidente da Multiclick, Wagner Alves, gravou um vídeo e confirmou os problemas nos depósitos. Sem ter como culpar a Justiça ou Ministério Público, ele diz ser vítima de corrupção na própria empresa que dirige. Wagner não cita nomes, garante ter demitido os corruptos e avisa: vai demorar para honrar os pagamentos, por isso pede a confiança dos investidores.

Assim como outras 80 investigadas, a Multiclick é suspeita de ser uma pirâmide, mas se diz uma empresa de marketing multinível. A companhia estava na primeira leva de suspeitas, junto com empresas paralisadas pelo judiciário ou que tiveram problemas nos pagamentos, como BBom, Priples e NNex.

A Telexfree foi bloqueada pela Justiça em 18 de junho passado. Um mês depois, o ator Sandro Rocha, famoso por sua participação no filme Tropa de Elite, após levar 80 mil pessoas à Telexfree anunciou a saída para a Multiclick, que, curiosamente, com a suspensão de outras suspeitas tentou conseguir na Justiça uma garantia prévia de que o negócio não seria bloqueado.

A garantia não veio, nem o bloqueio. Mesmo assim, a empresa afundou em problemas.

“Desde o setor de TI, o administrativo, o financeiro, várias áreas, pessoas se corromperam dentro da Multiclick Brasil e pensaram no benefício próprio. Deixaram de pensar nas mais de 300 mil famílias que fazem parte desse negócio. Gente, e o que mais nos impressiona é que em meio a tantas corrupções, alguns líderes também se desviaram do que acreditamos que seja o caminho correto, que foi o caminho que a Multiclick Brasil traçou até hoje, sempre com transparência, com fidelidade a você”, diz Alves, no vídeo.

Segundo ele, os problemas nos pagamentos foram intencionalmente criados pelos ex-funcionários e por isso haverá demora para normalizar os pagamentos.

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