A venda de itens de higiene e beleza tem crescido num patamar acima da média dos bens de consumo rápido, de acordo com pesquisa da Beauty Fair, realizada pela Nielsen. O estudo destaca que em 20 anos desde 1994, a cesta de Higiene e Beleza cresceu 185% enquanto a média dos itens de consumo rápido foi de alta de 124% no tamanho da cesta.
Em nota, o coordenador de atendimento ao varejo da Nielsen, Carlos Gouveia, considerou que a venda de itens dessa categoria tende a ser preservada mesmo durante cenários de piora na economia. "A compra por indulgência aumenta em tempos de crise", considerou.
A Nielsen ainda destaca o forte ritmo de lançamentos no setor. Foram lançados 2.102 produtos de 2013 até julho de 2014, enquanto a média de lançamentos de outros produtos (alimentos, bebidas, produtos de limpeza) é de 960 no mesmo período.
O argumento de que o consumo de higiene e beleza se sustenta durante crises foi justificado por uma pesquisa que estudou o comportamento das famílias durante 2009, ano de deterioração na economia global. Naquele ano, apenas 17% das pessoas de um grupo entrevistado disseram que reduziriam gastos com abastecimento do lar e, dentre elas, 86% afirmaram que manteriam sua cesta de higiene e beleza.